Morador de Pirituba, na zona norte de São Paulo, o leitor Robson Luís Santana dos Santos, 33 anos, teve dois afastamentos de trabalho neste ano depois de receber o diagnóstico de ansiedade grave e depressão. Ele trabalhava como podador de árvores e agora está desempregado.
Em fevereiro, depois de seu médico ter aumentado as doses dos medicamentos, Santos teve seu primeiro afastamento, por 30 dias. Ele conta que fez perícia após requerer o benefício, mas que o auxílio-doença foi liberado para saque somente em maio.
“Eu fui ao banco que o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] indicou para fazer o saque. Quando cheguei lá para pegar o dinheiro, a atendente me disse que o benefício estava bloqueado, mesmo eu tendo em mãos o comprovante de que o benefício seria liberado.”
Santos diz que procurou a ouvidoria do INSS para saber porque o auxílio não havia sido liberado. Segundo ele, não houve resposta.
Em abril, foi novamente afastado por 30 dias por causa dos transtornos mentais, que, segundo ele, foram agravados depois que seu pai morreu de Covid-19. A perícia para esse caso foi marcada para 16 de agosto.
O segurado afirma que não voltou a trabalhar após o fim da licença. Isso porque temia que a volta ao trabalho antes da perícia pudesse fazer com que o benefício fosse novamente cassado. Em razão do não retorno, foi demitido por justa causa por abandono de emprego.
“Eu estou desesperado. Acabei perdendo o emprego por conta de tudo isso. Até agora, o INSS não me deu uma resposta sobre o que está acontecendo”, conta.
INSS diz que fará o pagamento
Por meio de nota, o INSS informa que o primeiro benefício de Robson dos Santos foi bloqueado devido a uma revisão para alteração da data do último dia trabalhado. O pagamento já foi aprovado e a liberação do valor está “em processamento”. Quanto ao segundo benefício, o INSS diz que ainda será necessária a realização de perícia médica agendada pela plataforma Meu INSS, disponível em aplicativo para celular ou pelo site, além do telefone 135.
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