Desde maio, a assistente social Talita Alves Shimodaira, 28 anos, não consegue transferir para o nome dela um carro que era do seu pai, que morreu em outubro de 2020 após complicações provocadas pela Covid-19.
Ela, que mora no Jardim Oriental (zona sul), foi ao Poupatempo Cidade Ademar no dia 12 de maio para tentar desbloquear um automóvel e uma motocicleta, transferir os bens para o seu nome e fazer o licenciamento, para poder rodar com os veículos sem infringir a legislação.
Na primeira ida ao Poupatempo foi orientada sobre os documentos que teria de levar, voltando uma semana depois. “Após muita discussão, a atendente fez o desbloqueio e a transferência apenas para a moto, pois o carro precisaria ser desbloqueado via Secretaria da Fazenda, para que as taxas fossem pagas”, afirma.
Alguns dias depois, Talita foi contatada por uma pessoa do Poupatempo, que a orientou a apresentar cópias autenticadas de uma procuração que faz parte do inventário do pai. Ela teve de buscar os papéis no interior do estado.
No dia 29 de junho, a assistente retornou ao Poupatempo com a papelada. “Para minha surpresa, fui informada que o único serviço que poderia ser feito seria o desbloqueio, e que eu deveria agendar nova data para levar a documentação da transferência”, diz.
“A minha questão é que eles passam informações desconexas. Em 15 dias modificam uma regra e pedem mais documentos. Fica nesse vai e volta e não resolve nada”, queixa-se à reportagem.
Poupatempo: (11) 4135-9700
Estado cita falta de documentos
Por meio de nota, o Poupatempo, ligado ao governo de São Paulo, diz que “lamenta a demora para a conclusão do atendimento” e afirma que “o desbloqueio não pôde ser finalizado na primeira tentativa devido à falta da documentação necessária”. O Poupatempo diz que, ao receber todos os documentos, providenciou o desbloqueio do carro e que Talita terá de comparecer ao posto de atendimento para realizar a transferência. Por causa da pandemia, é necessário fazer agendamento.
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