A Prefeitura de São Paulo anunciou que convocará cerca de 220 aprovados nos concursos de 2016 e 2019 para os cargos de Agpp (Assistente de Gestão de Políticas Públicas), engenheiro (civil, florestal, do trabalho e agrônomo), arquiteto, geólogo e Appgg (Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental).
No momento, a convocação determinada pelo prefeito Ricardo Nunes está sob os cuidados da JOF (Junta Orçamentário-Financeira) do município e a previsão é que os aprovados sejam chamados nos próximos meses para reforçar áreas críticas da gestão, segundo informações da Secretaria Executiva de Gestão.
Além da convocação, o secretário da pasta, Fabrício Cobra Arbex, ressaltou que a prefeitura ampliará a oportunidade de trabalho para jovens dentro da administração municipal. Para isso, serão criadas cerca de 5.513 novas vagas, divididas entre novos estagiários e participantes de dois novos programas: o jovem aprendiz e o programa de residência.
"Tendo em vista o aumento da taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos, que ficou em 29,8% ao fim de 2020, o maior índice da série histórica, iniciada em 2012, a prefeitura pretende fomentar a aprendizagem com a vivência prática, para agregar ao jovem valores, conhecimento e experiência dentro de uma gestão pública", afirma Arbex.
Estágio
Para estagiários, a previsão é que a gestão aumente a oferta atual de 7.837 vagas para cerca de 12 mil vagas. As oportunidades são para alunos matriculados no ensino médio e superior, com carga horária de 4 horas diárias, 20 horas semanais. A remuneração será de meia bolsa de estágio, R$ 690,36 para nível superior e R$ 483,25 para nível médio, além de R$ 193,60 de auxílio-transporte.
A licitação já com a ampliação das vagas de estágios foi concluída e nos próximos meses as vagas serão preenchidas por meio da empresa ganhadora, o Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola).
Jovem aprendiz e residências
Além das novas vagas para estagiários, a Prefeitura de São Paulo criará o seu próprio projeto de jovem aprendiz, comum em empresas privadas.
O projeto permite a contratação de jovens e adolescentes de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade, matriculados na rede pública de ensino, em nível fundamental, médio regular ou médio técnico, inclusive na modalidade de EJA (Educação de Jovens e Adultos).
O projeto de lei do jovem aprendiz municipal, que partirá para a Câmara Municipal nesta semana, terá 1.000 vagas e cada jovem receberá uma bolsa de meio salário mínimo por 30 horas de trabalho em áreas da administração municipal, além de vale-transporte e formação técnico-profissional paralela.
Arbex destacou também a criação do programa de residência em gestão pública e jurídica municipal. Segundo ele, a iniciativa é pioneira e pretende atrair cerca de 350 jovens talentos para o setor público e seu projeto de lei também será enviado para a Câmara Municipal nesta semana.
Residentes que trabalharem 40 horas semanais ganharão três salários mínimos e os que trabalharem 20 horas, receberão 1,5 salário mínimo, além do vale-transporte. Em ambas as modalidades de residência, com duração de até dois anos, os residentes terão, além da prática, conteúdo teórico, fomentando a cultura da pesquisa e mentoria.
"Queremos propiciar a esses jovens um caminhar além do programa jovem aprendiz e ingressar no estágio acadêmico e posteriormente no programa de residência, formando um ciclo que fortalece a criação de lideranças públicas no município. Eles terão uma oportunidade única de aprender não só sobre administração pública, mas, também, sobre cidadania", ressalta Arbex.
Lei de concursos
A Secretaria Executiva de Gestão informou ainda que o prefeito também enviará para a Câmara Municipal um projeto de lei que pretende atualizar a lei de concursos. O objetivo é atualizar os parâmetros das provas e das convocações, que seguem a última atualização da lei, em 2004
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