O jornaleiro Alexsandro Caetano da Silva, 44 anos, do Belém (zona leste), conta que, desde abril, tem notado cortes diários no fornecimento de água durante cerca de nove horas, no período entre 20h30 e 6h.
No bairro, segundo o leitor, não há nenhuma grande obra de saneamento acontecendo para justificar a interrupção no abastecimento. “A Sabesp não comunicou os moradores sobre os cortes regulares de água.”
“Acho que isso é um rodízio disfarçado e o povo que paga a conta em dobro, uma vez que, mesmo faltando água, a fatura aumentou”, disse o jornaleiro.
Segundo Silva, o corte acontece na rua onde mora, a Engenheiro Muniz de Aragão, e também em outras áreas próximas.
“Falta água em praticamente toda a parte de cima do bairro e até perto da avenida Celso Garcia. Quem chega em casa depois das 20h30 só consegue tomar banho no dia seguinte”, queixa-se Silva.
O jornaleiro diz ainda que conversou com diversas pessoas do bairro e verificou que a pressão da água nunca foi um problema na região. “O fornecimento de água era normal para todas as residências e, agora, o pessoal reclama da falta de água”, diz o jornaleiro.
Leitor do Agora, Silva viu no jornal uma forma de chamar a atenção para o problema pelo qual ele passa junto com toda a vizinhança e, talvez, conseguir uma solução por parte da Sabesp. “Já registramos reclamações na central da Sabesp, mas não resolvem nada”, diz ao Defesa do Cidadão.
Sabesp: 195
Companhia dá explicação
A Sabesp informa que enviou equipe à região do imóvel e verificou que o abastecimento estava normal no momento da vistoria. A empresa diz que a gestão de pressão nas tubulações é prática adotada mundialmente por empresas de saneamento e recomendada pela Comissão Europeia, feita durante o dia e intensificada à noite para evitar perdas por vazamentos e rompimentos de tubulações. Para manter todos abastecidos, a companhia diz estar readequando os parâmetros técnicos da gestão da demanda.
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