A secretária aposentada Elodia Fatima Filippini, 69 anos, precisou passar a noite em uma fila do lado de fora do Hospital Público Veterinário, no Tatuapé (zona leste), para conseguir atendimento para seu gato de estimação, que estava com a pata traseira quebrada.
Segundo a moradora da Vila Primavera, na região de Sapopemba, também na zona leste, inicialmente, ela levou o animal até um veterinário particular. A leitora acreditava que o machucado teria acontecido por algum acidente e descobriu que era uma fratura que tinha se originado de um possível atropelamento.
“A veterinária disse que era necessário cirurgia. Achar especialista que cuida de ortopedia animal é difícil e muito caro. Por isso esse atendimento no hospital seria importante”, disse.
Com os exames já feitos na rede particular, ela se dirigiu até o local por volta das 2h30 e se deparou com uma fila de pessoas que aguardavam, do lado de fora, uma senha para atendimento. Ela esperou até às 6h30 e não conseguiu um número.
No outro dia, a leitora voltou às 22h30. “No total, fiquei oito horas na fila na rua, até 6h30, quando abriu o portão, e mais nove horas lá dentro aguardando com o Rapadura [nome do gato] para consulta. Enfim, ele ficou 17 horas sem medicação para dor. Um absurdo”, afirmou Elodia ao Agora.
Ela também relatou que a rua em que as pessoas aguardam tem um grande movimento de carros. “Os caminhões passam em alta velocidade. Há condições de manterem as pessoas lá dentro aguardando”, diz.
Animal vai passar por cirurgia
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico, informa que, diariamente, são atendidos todos os casos de urgência e emergência que chegam entre 7h e 17h, onde são disponibilizadas senhas para atendimento por ordem de chegada. Somam-se retornos, cirurgias e exames. A administração diz que a avaliação da leitora será considerada para melhorias. Depois de mais uma ida ao hospital, Elodia agendou a cirurgia para o gato Rapadura na próxima semana.
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