O aposentado Daniel Antonio, 41 anos, espera por uma cirurgia na mão esquerda desde maio de 2020, que foi cancelada por causa da pandemia de coronavírus. Ele tem um problema cardiovascular e, atualmente, está com os dedos gangrenando e muitas dores pela falta do procedimento.

“É uma má formação no dedo indicador e no dedão da mão esquerda. No começo deste ano, também se espalhou para a palma da mão. O médico até receita remédios, no entanto, não fazem mais efeito”, conta o morador da Vila industrial (zona leste), que aguarda o atendimento no Hospital das Clínicas de São Paulo.

Ele já precisou fazer duas cirurgias por causa do problema, uma em setembro de 2019 e outra em janeiro de 2020. A terceira estava marcada para maio do ano passado, mas foi cancelada com o agravamento da pandemia. “Eles foram remarcando para daqui a três meses, aí ligavam e mandavam mensagem”, conta.

Segundo ele, uma emergência viria “só se tivesse sangrando e doendo muito”. O leitor afirma que a situação tem piorado. “Eu precisava, e em janeiro deste ano, piorou muito”. Antonio ainda está tem os pontos do procedimento anterior.

Em agosto, ele fez uma bateria de exames e recebeu o retorno de que iria ser internado para operar, mas a data não foi marcada.

Antonio tem consulta marcada para 22 de dezembro, mas não há previsão para operá-lo. “Sinto dor 24 horas por dia. Enche de pus, estoura e sai sangue”, diz. “Preciso muito dessa cirurgia. É um descaso.”

Hospital marca procedimento

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) informa, em nota, que o paciente tem procedimento para tratamento endovascular agendado para o próximo dia 27 de outubro.

O leitor confirmou que a unidade entrou em contato com ele e comemorou a marcação da cirurgia. “Muito obrigado mesmo ao Agora por ajudar na resolução desse problema. Sou muito grato por toda a atenção e profissionalismo da equipe”, afirma Antonio à reportagem.