A aposentada Eliana da Silva, 61 anos, afirma que a UBS (Unidade Básica de Saúde) Guanabara, localizada na Vila Cavaton (zona norte), está sem fraldas geriátricas. Ela conta que precisa retirar o insumo regularmente para a mãe de 91 anos, que tem Alzheimer.
Segundo a leitora, o médico prescreveu a troca de quatro fraldas diárias. A paciente, que também não anda ou enxerga, está cadastrada na unidade em questão. "Acontece que, neste mês, fui retirar as fraldas e alegaram que elas não tinham sido entregues e também não havia previsão", diz.
Eliana foi orientada a procurar a unidade toda semana para saber se os produtos tinham chegado. Segundo ela, isso precisa ser feito pessoalmente já que há dificuldades para conseguir falar por telefone.
A moradora da Freguesia do Ó, também na zona norte, conta que essa não é a primeira vez que ocorrem faltas. "Esse problema já aconteceu no final do ano passado, nesse mesmo mês [novembro] e só foi regularizado entre abril e início de maio deste ano."
Neste período, ela afirma que a unidade alegou problemas na licitação e também a proximidade com o fim do ano para justificar as faltas. "Foi muito difícil gastar com a compra das fraldas. Cada pacote com sete unidades custa R$ 24. Como ela tem quatro trocas diárias, isso não dura dois dias", diz a aposentada.
"Será que vai acontecer a mesma coisa que no ano passado? Peço a gentileza e ajuda do Defesa do Cidadão para que essa situação não se repita", afirma a leitora.
Compra está em andamento
A Prefeitura de São Paulo informa, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, que está com um processo de compra para 11,2 milhões de fraldas, entre os tamanhos P, M, G e EXG. "A compra e o recebimento devem ocorrer nos próximos dias", afirma o órgão, sem fornecer prazo.
Ainda de acordo com a administração municipal, por causa da Covid-19, houve falta de matéria-prima para a confecção das fraldas, já que parte do material foi revertido para aventais utilizados no combate à pandemia.
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