Renovados, Onix e HB20 se enfrentam em duelo de compactos

Dois dos três mais vendidos de 2019 ganharam nova geração com motor turbo

São Paulo

Os dois nasceram quase juntos em 2012 e ganharam suas segundas gerações também quase ao mesmo tempo, no final do ano passado. Nesse meio tempo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20 foram bons de loja, mas parece que as mudanças apontaram cada um para um lado.

Em 2019, o líder disparado Onix teve mais de 240 mil unidades emplacadas com o rival em terceiro com 101 mil emplacamentos. Só o Ford Ka (104 mil) ficou entre eles. Neste ano, no entanto, o Chevrolet se mantém na ponta e viu o rival caindo para a sexta posição.

Uma rápida conversa nas ruas indica o motivo: o novo desenho não agradou a maioria, enquanto o Onix continua agradando no desenho e no custo-benefício.

A versão testada pelo Agora é a Premier, que custa R$ 71.790. Já vem com seis airbags, tela 7" com conexão de celulares, wifi interno, rodas 16" e câmera de ré. Por mais R$ 3.000, dá para incluir ar-condicionado automático, bancos de couro caramelo ou cinza e alerta de ponto cego.

O rival é o HB20 Diamond, que tem 4 airbags e rodas 15", mas a tela é de 8". O preço, no entanto, começa em R$ 71.590 e vai a R$ 77.990 na versão Diamond Plus, que inclui bancos de couro marrom, frenagem automática de emergência —uma exclusividade interessante na categoria— e monitoramento de pressão dos pneus. O ar-condicionado não é automático, apesar da tela digital.

Por dentro, os dois se equivalem no desenho discreto, até parecido entre eles, mas o acabamento do Hyundai é superior.

Apesar de mais comprido, o Onix (R$ 4,16 m contra 3,94 m) não consegue entregar um espaço interno e ainda perde em porta-malas, com 275 litros ante os 300 l do HB20.

Os dois trocaram os motores e ganharam um 1.0 de três cilindros turbinados. O do Onix tem 116 cv, mas parece render mais do que o de 120 cv do HB20, que não também não deixa nada a desejar.

Ponto para o Hyundai no bom acerto ao volante, com posição mais baixa e comandos mais à mão.

O Onix repete o erro da geração antiga com o banco alto demais e o volante mais baixo. O motorista mais alto pode demorar a se acostumar com isso.

A reclamação no HB20 é o acerto da suspensão mais firme, ruim para pisos esburacados, mas que passa mais segurança em curvas.

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