Fiat insiste no GNV para o Grand Siena

De olho em taxistas e motoristas de aplicativo, Fiat é a única montadora que ainda aposta no GNV com o Grand Siena

São Paulo

Mesmo com o Fiat Cronos já na quase metade do seu ciclo de vida, seu antecessor Grand Siena ainda pode ser comprado 0 km em uma concessionária. O público de um sedã de geração anterior, a exemplo do Nissan V-Drive, é economizar na compra e no uso.

A receita do veterano manter seu público, hoje focado em empresas, taxistas e, principalmente, motoristas de aplicativos, é oferecer um carro já preparado para receber o kit GNV (gás natural veicular) sem perder a garantia.

Mudanças foram feitas no motor, com cabeçote, válvulas e sedes de válvulas sejam mais resistentes ao gás. Os injetores de GNV ganham espaço adequado no no coletor de admissão para evitar as gambiarras comuns em oficinas.

O 1.4, no entanto, mantém os 88 cv de potência. Vale lembrar que o carro sai de fábrica apenas com a preparação. O kit deve ser comprado à parte em qualquer loja credenciada pelo Inmetro. Um equipamento de quinta geração pode ser encontrado por até R$ 5.000.

O Agora testou um Grand Siena equipado com dois cilindros de 7,5 m³. Eles são instalados no porta-malas de 520 litros do sedã e ocupam quase metade dessa capacidade. No painel, apenas um botão acompanhado do indicador de nível dos cilindros composto por uma sequência de leds, indicam que o Grand Siena roda a gás. Também pode usar etanol ou gasolina.

O carro cedido pela Fiat estava com gasolina e o abastecimento com GNV teria que ser feito, o que aconteceu em poucos minutos por um bocal próximo ao motor.

A fileira de leds fica toda acesa, sinal de cilindros cheios com 15 m³, o que dá para rodar cerca de 200 km, ou seja 13,3 km/m³. O preço médio do GNV, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), é de R$ 2,77 por litro. O da gasolina, no mesmo período pesquisado (entre 20 e 26 de dezembro do ano passado), R$ 4,22 com um consumo médio de 12 km/l, ou seja, vale a pena usar o gás financeiramente.

No uso há alguns incômodos. Além da perda de quase metade de volume do porta-malas, a perda de desempenho é bastante perceptível. Em algumas situações, o sistema da Fiat troca do gás para a gasolina automaticamente. A mudança manual é feita no botão instalado no console central.

Durante o teste, em uma subida, o carro chegou a perder velocidade com rapidez. O motorista precisou apertar o dispositivo para trocar do GNV para a gasolina e retomar a aceleração.

Além disso, estamos falando de um carro ultrapassado, baseado na segunda geração do Palio, que já não é mais fabricado. A compensação está no preço. O Grand Siena 1.4 custa R$ 56.390. A preparação para o GNV custa mais R$ 690. Ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos fazem parte do pacote básico. Sistema de som é opcional e central multimídia só comprando à parte.

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