Fiat Mobi cresce nas vendas, mas preço já passa dos R$ 60 mil

Versão Trekking dá ar de SUV ao subcompacto que fica ainda mais caro com opcionais

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São Paulo

O segmento de subcompactos nunca fez sucesso no Brasil, onde o carro é, normalmente, o único da família e deve suportar cinco pessoas e a bagagem para o fim de semana na praia ou as compras do mês.

Não é o caso do Fiat Mobi, que patinava nas vendas até que recebeu uma reestilização leve e uma nova versão com estilo aventureira, a Trekking, exatamente um ano.

A mudança foi certeira e hoje é o terceiro carro mais vendido do Brasil, mesmo sem atender as demandas de uma família brasileira.

Ele até é homologado para levar cinco pessoas, mas três no banco de trás ficam bem apertados. O porta-malas de apenas 235 litros leva somente pequenos objetos. Viajar com ele só com bagageiro no teto.

Além disso, custa caro. O Fiat Mobi nessa versão que aspira em ser SUV custa R$ 61.918. Pacote com volante com regulagem de altura, comando interno para abrir porta-malas e tanque, sensor de estacionamento traseiro e retrovisores elétricos são vendidos em um pacote que custa R$ 1.548.

Faróis de neblina e rodas de liga leve de 14" adicionam R$ 2.374. Ter um Fiat Mobi igual ao das fotos ao lado vai custar R$ 65.840 se a escolha for pelo preto, pelo vermelho ou pelo branco. O cinza metálico chega a R$ 67.491. É um carro popular para poucos.

Mas se o interessado no subcompacto estiver mais preocupado em ter um carro para uso estritamente urbano, vai se dar bem. O motor 1.0 de 75 cv existe desde o antigo Uno Mille, mas dá conta do recado. O desempenho é bom e o consumo bem baixo. Durante o teste do Agora, chegou a marcar 10 km/l com etanol no tanque. Na estrada a média melhorou e foi para 12 km/l.

É também um carrinho bem equipado. Já vem com ar-condicionado, direção com assistência hidráulica, central multimídia com conexão sem fio para sistemas Android Auto e Apple CarPlay na tela de 7".

Além disso tem o pacote Trekking, talvez o maior atrativo da versão, que inclui molduras em plástico preto, adesivos e barras no teto par a instalação de um bagageiro ou porta-bicicletas.

Com Renault Kwid não é muito diferente

Outra alternativa é o Renault Kwid Outsider, também com estilo aventureiro e lista de equipamentos parecida Tem motor mais moderno, de três cilindros, embora menos potente, com 70 cv.

Oferece um porta-malas mais digno para viagens, com 290 litros. O preço alto, no entanto, não é exclusividade do Mobi. O rival sai por R$ 60.990. Pelo menos não tem opcionais.

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