Vídeo mostra assassino levando criança em Mongaguá

Imagens de mais duas câmeras são analisadas pela Polícia Civil

São Paulo

Um vídeo enviado pela Polícia Civil ao Agora mostra o assassino confesso de Kauane Cristhiny Soares Rodrigues, 6 anos, carregando a criança nos braços, instantes antes de matá-la, há uma semana em Mongaguá (89 km de SP).

Segundo o delegado Francisco Antônio Venceslau, as imagens de mais duas câmeras são analisadas para que um "passo a passo" do crime possa ser montado. "O criminoso conta uma versão dos fatos. Vamos usar as imagens para verificar se o que ele fala é real, ou não", explicou. Rodrigo de Paulo Sales, 28, confessou o assassinato da criança após ser preso, na segunda-feira (22).

Em depoimento à polícia, ele alega que estava na casa da família da menina, onde lhe "negaram um prato de comida". "Por conta dessa suposta briga, ele afirmou que decidiu se vingar", disse Venceslau. O Agora publicou nesta quarta-feira (24) que o morador de rua pegou Kauane no quarto, quando a criança dormia. Em seguida, caminhou com ela no colo. "Em dado momento, a menina teria acordado e reconhecido o suspeito, que a fez voltar a dormir", relatou Antônio Venceslau.

Kauane Cristhiny Soares Rodrigues, 6 anos, foi morta em Mongaguá (SP) - Reprodução

Sales frequentava esporadicamente a casa da vítima, segundo a polícia, para comer e tomar banho, com a permissão dos pais de Kauane. O acusado ainda disse que caminhou cerca de 5,5 quilômetros com a garota, até chegar perto de uma linha de trem, na avenida Sorocabana. "Neste momento, a menina acordou e começou a gritar", disse o delegado. Por conta disso, Sales afirmou à polícia que tapou a boca da criança e a esganou. Em seguida, jogou a vítima em uma vala e foi dormir. Ele nega que tenha abusado sexualmente de Kauane.

Causa da morte

O corpo da menina foi encontrado na vala cinco dias após o desaparecimento. "Vamos checar todas as informações dadas pelo suspeito, para sabermos de fato o que aconteceu", explicou o policial civil.

Segundo Venceslau, um laudo preliminar do IML não constatou a causa da morte da criança, por causa do avançado estado de decomposição do corpo. "Solicitamos exames complementares para verificar o que motivou a morte, além se houve violência sexual".


Uma das suspeitas da polícia é a de que Kauane tenha sido afogada até a morte.

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