A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) instalou borrachões de proteção na plataforma 1 da estação da Luz, da linha 7-rubi. A instalação foi concluída na quinta-feira (30). O objetivo é diminuir a distância entre o trem e a plataforma e aumentar a segurança durante o embarque e desembarque.
Na plataforma 4, também na estação Luz, da linha 11-coral o borrachão já havia sido instalado. Cerca de 500 mil passageiros circulam diariamente pela estação, segundo a companhia.
Os usuários que aguardavam para embarcar nesta sexta-feira (31), às 12h, acreditam que a medida vai aumentar a segurança. É o caso da analista de qualidade Danielle Costa, de 24 anos. “Uma vez eu tentei embarcar durante o horário de pico e meu pé ficou preso no vão. Tinha muita gente empurrando e eu machuquei meu tornozelo”, conta.
Situação parecida já foi presenciada pelo estudante Felipe Lima da Silva, de 18 anos. Ele estava dentro do trem quando uma mulher e uma criança escorregaram no chão e caíram. “Eu acho esse vão bem perigoso, em horário de pico é ainda pior”, disse. Para o jovem, a medida diminui o risco de acidentes, mas existem estações da CPTM em que a borracha seria mais necessária, como Lapa e Piqueri.
Na estação da Luz, o espaço entre o trem e a plataforma é de 20 cm. Após a instalação dos borrachões, o vão passou a ser de 10 cm. Apesar disso, a aposentada Halina Bárbara, de 67 anos, continua tomando cuidado ao embarcar. “Eu sempre presto muita atenção, já vi gente caindo e se machucando. Se bobear, na hora do empurra-empurra pode ter um acidente”, diz.
De acordo com a CPTM, outras 19 plataformas também receberão os borrachões até abril do ano que vem. Estão na lista de prioridade as estações “mais movimentadas do sistema”, segundo a companhia, são elas: Palmeiras-Barra Funda (7-rubi), Osasco (8-diamante), Santo Amaro (9-esmeralda), Santo André (10-turquesa), Brás e Tatuapé (11-coral) e São Miguel Paulista (12-safira). As demais devem receber a medida de segurança a partir de 2020.
A companhia também esclareceu que as vias da CPTM são compartilhadas com trens de carga. A largura destes é maior em comparação com os de passageiros, por isso o vão é necessário. O formato dos borrachões, no entanto, não prejudica a passagem de nenhum trem, disse a CPTM. Em nota, foi informado que o investimento do contrato é de cerca de R$ 7,2 milhões.
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