Estudante e sobrinho acabam trancados em UBS na Grande SP

Funcionários foram embora e deixaram os dois na unidade em Poá

São Paulo

Uma estudante e o sobrinho dela ficaram presos quase uma hora dentro de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em Poá (Grande São Paulo), após funcionários fecharem a unidade, sem perceberem que a jovem e a criança estavam no local, na sexta-feira (17). 

UBS de Poá (Grande SP) vazia, onde tia e sobrinho ficaram presos após funcionários irem embora - Reprodução

Segundo estudante Klaryene Lima, 21, ela chegou ao local com o sobrinho de 6 anos, por volta das 15h30, para que a criança fizesse uma sessão de inalação. "Ele está com princípio de pneumonia e, por isso, precisa fazer duas sessões diárias de inalação", explicou. A criança já havia ido à UBS Tito Fuga pela manhã. 
 

Klaryene afirmou que no período da tarde, após insistir, liberaram para que o garoto fizesse a inalação. "Chegamos 15h30 em ponto. A UBS fica aberta até 16h. Não queriam deixar meu sobrinho fazer a inalação, mas insisti", explicou.

Ainda segundo a estudante, após dez minutos de sessão, uma enfermeira foi à sala de inalação informando que iria embora. Após isso, a jovem e a criança continuaram no local até o fim do tratamento, pouco antes das 16h. "Nenhuma enfermeira veio desligar o aparelho. Eu mesma fiz isso. Depois que saímos da sala, não havia ninguém na UBS", relatou Klaryane. 

Quando a estudante tentou abrir uma porta da unidade, o alarme disparou. Neste instante, percebeu que ela e o sobrinho estavam presos. "Aí começou o desespero. Meu sobrinho começou a chorar". 

A jovem ligou para parentes, que procuraram ajuda. Enquanto aguardava, a estudante fez vídeos com o celular, mostrando a UBS vazia. Cerca de 40 minutos depois, as mesmas funcionárias que fecharam a dupla, reabriram a unidade. 

Ela disse que o garoto não quer ir mais à UBS.

Resposta

A Secretaria de Saúde de Poá, gestão Giancarlo Lopes (PR), lamenta o ocorrido, com a jovem e a criança, e afirma que solicitou a instauração de um processo administrativo de sindicância para apurar “eventuais irregularidades e responsabilidades em relação à questão”, diz trecho de nota. O governo municipal acrescentou ainda que a pasta da Saúde está oferecendo todo o respaldo necessário à família da estudante e do sobrinho dela.

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