A Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Bruno Covas (PSDB), confirmou o primeiro caso de sarampo contraído na cidade de São Paulo (autóctone) desde 2015, quando foi registrado o último caso da doença. Outros 92 casos suspeitos estão sendo investigados.
Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica Rosa Maria Dias Nakazaki, o paciente é um professor universitário, de 48 anos, que não tinha tomado vacina contra sarampo. Ele chegou a ficar internado com quadro de evolução para cura. "A informação que temos é que ele não viajou nem esteve com alguém que tenha viajado. Por isso, estamos tratando esse caso como autóctone", afirmou.
Rosa Maria não disse qual bairro que o paciente mora para evitar alarde com a população local. "Nossa orientação é que todas as pessoas tomem a vacina, independente de confirmação de caso ou não", disse.
Segundo o CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), da Secretaria Estadual de Saúde, já foram confirmados 27 casos de sarampo no estado. Deste total, 20 foram registrados em Santos (72 km de São Paulo), a maioria deles eram tripulantes e passageiros de um navio que atracou no porto da cidade. Apenas um deles foi autóctone.
Os outros sete casos foram registrados na cidade de São Paulo, sendo um deles o autóctone confirmado agora pela secretaria.
Para evitar o avanço do sarampo na capital, Rosa Maria disse que a Vigilância Epidemiológica está fazendo o bloqueio em todos os casos suspeitos que são notificados.
"Quando recebemos a notificação de um caso suspeito de sarampo, iniciamos a investigação para identificar como foi a contaminação e verificamos se as pessoas que vivem no entorno do paciente já tomaram a vacina. Na sequência iniciamos a vacinação em quem ainda não se imunizou", afirmou a coordenadora, que atribuiu o retorno do sarampo à falta de vacinação das pessoas.
Segundo Rosa Maria, as ações de bloqueio após os casos suspeitos na capital já resultou na vacinação de 20,6 mil pessoas. "A principal arma contra o avanço do sarampo é a vacinação. Por isso, recomendamos que as pessoas se vacinem", disse.
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