Praças têm parquinhos quebrados e mato alto

Na região central, a brincadeira é acompanhada por usuários de drogas e moradores de rua

São Paulo

Mato alto, sujeira, brinquedos quebrados e presença de moradores de rua são alguns dos problemas vividos por quem procura recreação em praças de em São Paulo. Na última semana, o Vigilante Agora visitou dez endereços nas cinco regiões da cidade, onde avaliou que os equipamentos de lazer, principalmente parquinhos para crianças, estão em condições inadequadas para uso. Dos locais visitados, somente dois, na zona oeste, não apresentaram grandes problemas.

Mato toma conta dos brinquedos na praça Celso Gabriel Tafuri, em Cangaíba, na zona leste de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

Nos dois endereços da zona leste, a situação era de abandono. A praça Celso Gabriel Tafuri, em Cangaíba, tinha brinquedos relativamente bem conservados. Ainda assim, o uso era inviável, pois crescia um matagal em torno do espaço. O local fica em frente a uma escola, e mesmo em horário de saída estava vazio. A quadra poliesportiva também estava esquecida - não havia redes nos gols nem pintura no chão.

Na praça Padre Rosseti, na Penha, a situação da quadra era parecida. Havia também muito mato e lixo espalhado nos canteiros. Algumas crianças brincavam em um balanço improvisado numa árvore na ocasião da visita. Os balanços mantidos pela prefeitura estavam com as correntes soltas e eram presos à base por fios de energia.

O Vigilante também encontrou problemas nas praças da zona norte. Na Freguesia do Ó, a praça Senhor do Bonfim tinha lixo no parquinho, apesar da boa condição dos brinquedos. Na praça Renato de Araújo Salgado, no Tucuruvi, por outro lado, os dois únicos balanços haviam sido arrancados da base, deixando o espaço sem opção de recreação.

Nas praças do centro, a presença de moradores de rua é uma constante. Na praça Princesa Isabel, na Santa Cecília, por exemplo, boa parte dos canteiros estavam ocupados com barracas, e havia muito lixo na caixa de areia onde ficam os brinquedos. Crianças brincavam no local ao lado de usuários de drogas.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), disse que vai vistoriar as praças visitadas pelo Vigilante Agora e programar reparos nos brinquedos. Segundo a Subprefeitura Ipiranga, uma licitação foi aberta para contratar a empresa que fará a obra de recuperação da quadra na praça Pinheiro da Cunha.

Já a Subprefeitura Santana/Tucuruvi disse que está adquirindo os materiais necessários para fazer a reposição das peças do balanço na praça Renato de Araújo Salgado, na zona norte. A previsão de término é de 20 dias.

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