A polícia prendeu por volta das 15h desta segunda-feira (26) um foragido da Justiça acusado de viabilizar a lavagem de dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O acusado, de 29 anos, estava em casa quando foi detido na Vila Prudente (zona leste da capital paulista). A defesa dele não foi encontrada pela reportagem.
Segundo o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), o suspeito preso recebia ordens de um criminoso, conhecido como “Rabujento”, que cumpre pena por tráfico de drogas em um presídio no Ceará, de onde mandava ordens para São Paulo.
Policiais investigaram por cerca de três meses as atividades do acusado detido na capital paulista.
As investigações apontaram que, para realizar a lavagem de dinheiro do crime, o suspeito criou ao menos dez empresas de fachada, tanto em São Paulo quanto no Ceará. A partir delas, a facção investia dinheiro, oriundo do tráfico de drogas, para usar o montante posteriormente sem preocupações. A polícia não informou quanto era movimentado nas contas, abertas em nome de “laranjas.”
A prisão do suspeito em São Paulo resultou da operação Labirinto, desencadeada pela Polícia Civil do Ceará, desde o primeiro semestre deste ano. Ao todo, 87 pessoas já foram presas, segundo a polícia.
Investigação
Segundo o Dope, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça ajudaram policiais a identificar e entender como funcionava o esquema em São Paulo. “O suspeito preso mantinha um comércio de roupas de fachada, no Brás [centro da capital paulista], de onde fazia movimentações bancárias em nome de laranjas. Ele comprava empresas e movimentava dinheiro do tráfico para poder usá-lo”, explicou um policial que pediu anonimato.
O líder do PCC, que está preso no Ceará, foi detido no ano passado em São Bernardo do Campo (ABC) em cumprimento a um mandado de prisão, expedido pela Justiça cearense. Por conta desta prisão, a polícia do Ceará desencadeou a operação Labirinto.
As dez contas identificadas pela polícia foram bloqueadas, veículos foram apreendidos, além de uma carta de crédito, de R$ 321 mil.
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