Direito ao lazer

Parceria para instalação de ciclofaixas aos domingos e feriados foi encerrada

As opções de lazer numa cidade do tamanho de São Paulo são inúmeras. Mas, para quem está com a grana curta ou mora em bairros mais afastados da região central, tudo fica mais difícil.

O consultor do mercado de bicicletas, Erick Azzi, pedala por ciclofaixa em 2012 no viaduto do Chá (região central) - Fábio Braga/Folhapress

O paulistano que busca se divertir de graça na cidade teve duas más notícias nos últimos dias. A primeira foi o fim, após dez anos, das tradicionais Ciclofaixas de Lazer, uma parceria da prefeitura com a iniciativa privada.

Aos domingos e feriados, o programa reservava em ruas da capital uma faixa exclusiva para o trânsito de bicicletas. Chegou a passar de 120 km a extensão das pistas reservadas às bikes.

A gestão Bruno Covas (PSDB) diz que a patrocinadora, porém, decidiu encerrar o projeto. Uma contratação emergencial foi aberta, mas “as propostas apresentadas”, afirma a administração, “não garantem a segurança dos ciclistas”.

Outro problema contratual irritou os frequentadores dos parques municipais. A prefeitura suspendeu, no final de agosto, os acordos com 21 empresas terceirizadas para vigilância, segurança e conservação de 107 parques.

O resultado era visível logo na segunda-feira (2): galhos espalhados, lama e banheiros fechados em algumas unidades. No parque do Carmo (zona leste), um funcionário foi categórico: era melhor que as pessoas “evitassem” ir ao local, inclusive por questões de segurança.

Ainda bem que, desta vez, a gestão Covas agiu rápido e conseguiu renegociar os contratos com os prestadores de serviço. Espera-se que tudo funcione bem neste fim de semana, quando os parques da capital recebem mais público.

Agora é torcer para que as ciclofaixas voltem o quanto antes. Afinal, o lazer também é um direto de todos.

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