Poder, intrigas palacianas, escândalos, amores sufocados pela conveniência política, casamentos arranjados e guerras religiosas. Alguns desses ingredientes estão na série "The Crown", sobre a rainha Elizabeth e a família real britânica, atualmente na terceira temporada na Netflix, e em várias tramas que levaram a realeza ao cinema.
Uma das majestades mais conhecidas nas telas é a soberana de Greta Garbo em "Rainha Cristina", de 1933. Ela interpreta a personagem título, e fica dividida entre a lealdade ao trono da Suécia e o amor a um espanhol (John Gilbert).
Elizabeth 1ª, que reinou entre 1558 e 1603 na Inglaterra e na Irlanda, é um arroz de festa cinematográfico. Destaco quatro filmes com a personagem, conhecida como a rainha virgem. "Elizabeth" e "Elizabeth, a Era de Ouro" têm Cate Blanchett no papel da soberana. Se o primeiro mostra a ascensão da bastarda Elizabeth ao trono, o segundo traz um reinado consolidado, mas não menos ameaçado. Bette Davis também deu vida a Elizabeth 1ª em dois filmes, "Meu Reino por Um Amor" e "A Rainha Tirana".
Outra imperatriz fez muito sucesso no cinema, Sissi, da Áustria. Romy Schneider viveu a rainha em três filmes a partir de 1955. O primeiro, chamado apenas de "Sissi", é o mais conhecido. Mostra a chegada da jovem soberana à corte austro-húngara, após o casamento com o imperador Francisco José 1º da Áustria, em 1854.
"Maria Antonieta", de Sofia Coppola, é mais recente, de 2006, e retrata a rainha Maria Antonieta, morta na guilhotina durante a Revolução Francesa, como uma jovem em busca do amor, deslumbrada pela ostentação do castelo de Versalhes.
Mas nem só de rainhas vivem as telas. Os reis também têm seus feudos cinematográficos. Em 1956, Yul Brynner e Deborah Kerr estrelaram "O Rei e Eu", a história de uma viúva norte-americana contratada como professora dos filhos do monarca do Sião, atual Tailândia.
Em 1987, o diretor Bernardo Bertolucci presenteou o público com mais uma obra-prima, "O Último Imperador", que segue os passos de Pu Yi, o derradeiro rei da China Imperial, desde sua infância na Cidade Proibida até sua morte, levando uma vida comum em Pequim.
O período de monarquia no Brasil foi curto, mas não escapou das telas do cinema. "Independência ou Morte", de 1972, com Tarcísio Meira no papel de dom Pedro 1º e Glória Menezes como a Marquesa de Santos, se tornou um clássico da TV nos dias 7 de setembro dos anos 1980.
Nos anos 1990, "Carlota Joaquina, a Princesa do Brasil", de Carla Camurati, foi o filme responsável pela retomada do cinema brasileiro. Em um tom satírico, o longa mostra a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808, com Marieta Severo no papel título, a mulher de dom João 6º, interpretado por Marco Nanini.
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MARIA ANTONIETA
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MEU REINO POR UM AMOR
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O REI E EU
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O ÚLTIMO IMPERADOR
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