Palco das principais atrações da capital no fim de ano, como a São Silvestre, a avenida Paulista (região central) recebe turistas do Brasil inteiro em dezembro.
O Vigilante Agora passou por lá no dia 12 e encontrou calçadas destruídas, barracas com pessoas em situação de rua espalhadas por todo lado, uma cracolândia perto da rua da Consolação e a sensação de insegurança característica por conta de furtos de celulares, segundo usuários da avenida..
Um passeio no feriado pode se tornar um terror. O problema começa por onde se coloca os pés. Não são poucos os trechos com piso irregular. Reformadas há quase dez anos, as calçadas estão em situação precária, com buracos, remendos e tampas afundadas. Até mesmo a ciclovia entregue em 2015 tem trechos com rachaduras.
Se não dá para tirar os olhos do chão, também não é possível relaxar no momento da selfie. Sacar o celular é correr o risco de tê-lo levado por ladrões. "Outro dia vi um menino correndo com um telefone na mão e um rapaz atrás, tentando pegá-lo. Isso é o tempo todo", diz a assistente administrativo Ana Carolina Sousa, 28 anos.
Os cruzamentos são um inferno para pedestres, com pequeno tempo para a travessia. Na esquina com a Peixoto Gomide, o semáforo fica aberto por 13 segundos para quem quer ir de um lado ao outro, ante 2min15 para passagem dos carros. "Nos cruzamentos, os carros vêm com tudo para cima da gente", diz a assistente administrativo Joyce Moura, 23.
Também é crítica a vulnerabilidade social. Ao redor do parque Trianon, barracas tomam conta das calçadas com pessoas em situação de rua. O cenário se repete em marquises. Sob a rua da Consolação, o consumo de crack é outro problema.
Resposta
A prefeitura afirma que foram realizadas reposições de lixeiras e paralelepípedos na avenida Paulista. Também diz que foram reformados bancos, bem como feita a lavagem das ruas no entorno do Masp.
A gestão Bruno Covas diz também que deu início à readequação de 1,6 milhão de m² de calçadas na capital. A administração prometeu vistoriar locais apontados como defeituosos.
O Ilume afirma que enviaria equipe de manutenção para realizar vistorias nos lugares com problema de iluminação apontados.
Já a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma que seria feita vistoria na ciclovia, bem como no totem de sinalização, e que não há anormalidade no tempo de semáforo na rua Peixoto Gomide.
As secretarias municipais da Saúde e de Assistência Social dizem abordar a população em situação de rua.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública, sob a gestão João Doria (PSDB), diz que reforçará o policiamento na região central da cidade e que a Polícia Civil faz operações contra ladrões de celular.
Os problemas
- Barracas ao redor do Parque Trianon
- Usuários de crack sob a Consolação
- Lixeira destruída no cruzamento das evenidas Angélica e Paulista
- Piso tátil quebrado em ponto de ônibus no cruzamento com a rua da Consolação
- Totem com nome da avenida com a base quebrada na altura da rua Haddock Lobo
- Calçada quebrada em frente ao número 1.941
- Piso tátil quebrado na altura do 1.811
- Semáforo abre por 13 segundos e fica fechado durante 2min15 no cruzamento com a rua Peixoto Gomide
- Piso da calçada destruído na altura do 1.415
- Tampas de metálicas afundadas em frente à Fiesp
- Grades quebradas, amarradas com fitas e arames, no cruzamento com a rua Pamplona
- Paraciclo destruído nas proximidades da rua Pamplona
- Calçada destruída em frente ao 901
- Tampa metálica afundada na altura do 283
- Calçada e piso tátil quebrados em frente ao Shopping Cidade de São Paulo
- Paralelepípedos soltos sob vão livre do Masp
- Cheiro de urina ao redor do Masp
- Iluminação precária nos fundos do Masp
- Assentos ao redor de canteiro removidos na altura do 1682
- Tampa metálica afundada na altura da rua Frei Caneca
- Lixeira destruída na altura do 2.444
- Ciclovia com piso rachado nas rampas, provocando saltos, ao longo da avenida
Comentários
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