Confira sete clássicos do cinema para uma semana de quarentena

Que tal aproveitar o isolamento por causa do coronavírus para ver um filme por dia?

Cena de "Tempos Modernos"
Charles Chaplin em cena do clássico "Tempos Modernos", de 1936 - Divulgação/United Artists
São Paulo

Em tempo de isolamento social por causa do coronavírus, faço um desafio aos leitores: assistir a um clássico do cinema por dia. A cada semana, vou sugerir 7 filmes. Na primeira seleção, busquei trazer um pouco de leveza para esses dias.

Para isso, entre eles está “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, de 1936. Carlitos é um operário que não se adequa à linha de produção dos ‘tempos modernos’, entra em um protesto de grevistas por acaso e acaba na cadeia. Solto dias depois, ele inicia uma amizade com uma garota órfã, sem-teto, e ambos tentam sobreviver na vida moderna.

O filme, uma crítica à desumanização dos trabalhadores, tem algumas passagens adaptadas ao cinema sonoro. A fala de personagens, no entanto, só aparece quando sai de dispositivos, como a máquina usada pelo patrão para falar com o chão de fábrica.

Outra sugestão é “Meu Tio”, do cineasta francês Jacques Tati. Lançado em 1958, o longa é outra sátira à vida moderna. O tio do título é o senhor Hulot, interpretado pelo diretor. Casada com um industrial, a irmã de Hulot vive com o marido e o filho em uma casa futurista, cheia de apetrechos tecnológicos. E Hulot, para o sobrinho, se torna símbolo da fantasia, do sonho e da liberdade.

Para quem gosta de musicais nada melhor do que “Amor, Sublime Amor”, o filme do gênero mais premiado no Oscar (dez estatuetas, no total). Dirigido por Robert Wise, o mesmo de “A Noviça Rebelde”, e Jerome Robbins, o longa é um “Romeu e Julieta” com gangues da Nova York, em que um antigo chefe do grupo dos porto-riquenhos e a irmã do líder dos rivais brancos se apaixonam.

“A Malvada”, dirigido por Joseph L. Mankiewicz em 1950, traz Bette Davis no papel de uma estrela da Broadway alvo de uma fã ambiciosa, que se infiltra na vida da atriz para roubar sua fama. Décadas mais tarde, Pedro Almodóvar homenageou a trama em “Tudo sobre Minha Mãe”.

Na lista desta semana também está “Sete Noivas para Sete Irmãos”, um dos filmes da minha infância. O musical, de 1954, mostra sete irmãos solteiros, que vivem em um rancho nos EUA, em busca de suas futuras sete mulheres, com muitas cenas coreografadas.

Já “King Kong”, de 1933, é a história do gorila gigante que, aprisionado em uma ilha exótica, é levado a Nova York e vira atração pública. Logo ele se rebela, sequestra uma atriz por quem estava encantado e escala o Empire State, em uma das cenas mais marcantes da história do cinema mundial.

Por fim, sugiro o clássico “O Cangaceiro”, inspirado na vida de Lampião. Realizado pelos estúdios Vera Cruz em 1953, o filme dirigido por Lima Barreto foi o primeiro longa brasileiro a ser premiado em Cannes. Tem diálogos escritos por Rachel de Queiroz e no elenco está Adoniran Barbosa.

O desafio está lançado. Aproveitem os clássicos. Mandem sugestões, escrevam dizendo que filmes assistiram. E o mais importante: fiquem em casa.


ONDE VER
(preços pesquisados no dia 26 de março)

A MALVADA
iTunes: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
americanas.com.br: DVD a partir de R$ 49,95

TEMPOS MODERNOS
Looke: grátis para assinantes, R$ 4,99 (aluguel) e R$ 19,99 (compra)
NOW: até R$ 6,90 (aluguel)
americanas.com.br: DVD por R$ 99,99
livrariacultura.com.br: DVD por R$ 39,90

AMOR SUBLIME AMOR
iTunes: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
Telecine Play: grátis para assinantes
Telecine Cult: hoje, às 22h, dia 31, às 15h20, e dia 14 de abril, às 17h25

MEU TIO
Telecine Play: grátis para assinantes

SETE NOIVAS PARA
SETE IRMÃOS

iTunes: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
Google Play: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
Microsoft Store: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra)
Looke: R$ 7,99 (aluguel)

KING KONG (1933)
iTunes: R$ 7,90 (aluguel)
e R$ 19,90 (compra)
NOW: R$ 6,90 (aluguel)

O CANGACEIRO
Cinemateca Brasileira: filme disponível no serviço online gratuito http://www.bcc.org.br

Hanuska Bertoia
Hanuska Bertoia

47 anos, é formada e pós-graduada em jornalismo. Gosta de ver filmes em qualquer plataforma (TV, celular, tablet), mas não dispensa uma sala de cinema tradicional.

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