A poluição diminui na Grande São Paulo durante a quarentena estabelecida no estado como forma de combate ao novo coronavírus. A análise foi realizada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
A mudança na rotina dos paulistas provocou uma diminuição das atividades e redução da circulação de veículos, o que minimizou as emissões atmosféricas geradas pelos automóveis na região metropolitana.
A avaliação ocorreu entre 20 e 30 de março deste ano. Nestes dez dias, a companhia analisou o comportamento do CO (monóxido de carbono) neste período e constatou que houve uma queda, em média, de 2.00 ppm (partes por milhão) para 1.00 ppm.
A companhia afirma que o padrão legal para o monóxido de carbono, por um período de 8 horas, é de 9.00 ppm. "Mas este padrão não é atingido desde 2008".
Segundo a empresa, concentração máxima de monóxido de carbono na marginal Tietê foi de 1,0 parte por milhão (unidade de medição para este tipo de análise). Isso representa oito pontos abaixo do padrão legal de 9,0 ppm.
Desde 20 de março a companhia tem registrado boa qualidade do ar na Grande São Paulo. A análise é realizada em 29 estações de monitoramento da região e leva em consideração os poluentes primários, que são aqueles emitidos diretamente pelas fontes poluidoras.
Os níveis de monóxido de carbono —que é um indicador da emissão de veículos leves em grandes centros urbanos— estão atualmente entre os mais baixos para o mês de março na região. Durante este período de 10 dias, a Cetesb observou que a queda dos níveis foi mais acentuada nas estações próximas às grandes vias de tráfego.
Além do menor número de veículos em circulação, a Cetesb explica que as condições mais livres do trânsito e a ausência de engarrafamentos também vem contribuindo para uma menor emissão de poluentes.
No entanto, a empresa afirma que é "necessário dispor de um período mais extenso para obter uma análise mais conclusiva dos impactos da redução das atividades econômicas e de circulação na qualidade do ar em todo o estado, fundamentada em técnicas consolidadas".
De acordo com a companhia, a qualidade do ar também é fortemente influenciada pelas condições meteorológicas de dispersão dos poluentes, sendo difícil "quantificar exatamente a contribuição da redução atual das atividades na melhoria da qualidade do ar".
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