Após cinco anos, prefeitura inaugura 20 leitos de UTI em novo hospital na Brasilândia

Instalação atenderá exclusivamente pacientes com a Covid-19

São Paulo

Demorou cinco anos, mas o bairro da Brasilândia (zona norte de SP) ganhou um hospital, mesmo que ainda parcialmente. Nesta segunda-feira (11), a Prefeitura de São Paulo inaugurou 20 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 16 de enfermaria no novo Hospital Municipal da Brasilândia. Todos dedicados exclusivamente ao tratamento de pacientes com a Covid-19.

Esta é apenas a primeira ala a entrar em funcionamento no hospital, que não terá acesso direto do público. Assim como nos hospitais de campanha do Anhembi e do Pacaembu, os pacientes só poderão ser enviados ao Hospital da Brasilândia por outras unidades de saúde, como as 17 UBS (Unidades Básicas de Saúde) do distrito.

O Hospital Municipal da Brasilândia teve 20 leitos de UTI e 16 de enfermaria abertos nesta segunda-feira (11) para receber apenas pacientes com o novo coronavírus
O Hospital Municipal da Brasilândia teve 20 leitos de UTI e 16 de enfermaria abertos nesta segunda-feira (11) para receber apenas pacientes com o novo coronavírus - Ronny Santos/Folhapress

Sua construção foi iniciada em 2015 com investimento de R$ 275 milhões, na gestão Fernando Haddad (PT). A obra acabou atrasando por causa de um impasse com o governo estadual em relação à estação Brasilândia da futura Linha 6-Laranja do metrô, que também está sendo construída no terreno.

Quando ele estiver totalmente pronto, terá 305 leitos e beneficiará 2,2 milhões de pessoas da região. Além do atendimento geral, ainda terá maternidade.

De acordo com o último levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados 123 óbitos na Brasilândia e 80 na Freguesia do Ó, bairro que também será beneficiado pelo hospital.
Segundo o prefeito Bruno Covas, a prefeitura está em negociação com hospitais privados para alugar leitos de UTI, o que deve aumentar a disponibilidade para os pacientes do SUS.

"A cidade tinha 507 leitos de UTI, conseguimos mais 750 e temos como meta mais 1.500 até o fim de maio. Além disso, fizemos parceria com sete hospitais privados, com os quais pretendemos conseguir mais 800 leitos de UTI. Ao todo serão 107 hospitais e 4.000 leitos que teremos à disposição", disse Covas à Globonews, durante a inauguração oficial da ala do hospital, no domingo (10).

Segundo o prefeito, até domingo o município estava com 87% dos leitos de UTI destinados a pacientes com o novo coronavírus ocupados. Ele espera que as novas unidades ajudem a evitar que o sistema de saúde entre em colapso.

O bairro da Brasilândia é um dos mais populosos da capital, com 280 mil habitantes, e contabilizava, até a noite de domingo, 123 mortes das 2.187 da capital.

A região da Freguesia/Brasilândia também conta com:

17 UBS (Unidades Básicas de Saúde);
1 Ambulatório de Especialidades;
1 Hospital Dia Rede Hora/Certa;
1 Serviço de Assistência Especializada DST/AIDS;
1 Centro de Referência de Saúde do Trabalhador;
1 Unidade de Vigilância em Saúde;
1 Laboratório de Saúde Pública;
1 Centro de Convivência e Cooperativa;
1 Centro de Convivência Infantil; 1 Centro Especializado em Reabilitação;
1 Centro de Especialidades Odontológicas;
2 Centro de atenção Psicossocial III adulto (CAPS);
1 CAPS II Infanto/Juvenil;
1 CAPS III Álcool/Drogas;
2 Unidades de acolhimento ligadas ao CAPS Álcool/Drogas;
3 residências Terapêuticas ligadas ao CAPS III adulto;
3 AMA’s (Assistência Médica Ambulatorial);
1 Pronto Socorro Isolado.

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