Os cinco réus acusados da morte do empresário Romuyuki Gonçalves, sua mulher Flaviana Gonçalves e o filho Juan Gonçalves, encontrados carbonizados no carro da família em São Bernardo do Campo (ABC), em janeiro, serão interrogados por videoconferência, nesta terça-feira (22).
A suspeita é que a própria filha do casal e a namorada dela, acompanhada de outros três homens, tenham cometido o assassinato após invadir a casa da família para realizar um roubo.
A sessão será presidida pelo Juiz Lucas Tambor Bueno da Vara de Júri e Execuções do Foro de Santo André. A oitiva será realizada por videoconferência por conta das medidas adotadas para evitar aglomeração durante a pandemia de Covid-19.
Todos os cinco réus serão ouvidos, sendo eles a filha das vítimas, Anaflávia Martins Gonçalves, a namorada dela, Carina Ramos de Abreu, além dos dois irmãos, Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina, e Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos.
O juiz ainda deve ouvir testemunhas, promotores e a defesa dos cinco réus. O Tribunal de Justiça informou que a princípio, como a sessão será online, não será possível acompanhar os depoimentos em tempo real.
O caso
Na madrugada de 28 de janeiro, a Polícia Militar encontrou na estrada do Montanhão, em São Bernardo, um Jeep Compass, em chamas, com os corpos carbonizados de Romuyuki, 43, Flaviana, 40, e do filho do casal, Juan, 15.
Em uma das várias versões que apresentou em depoimentos à polícia, Carina, namorada da filha do casal, afirmou que o assalto começou a ser planejado cerca de cinco meses antes de o crime ser concretizado.
Carina também afirmou neste depoimento, dado em 31 de janeiro, que a comerciante Flaviana foi monitorada no ano passado. Juliano, primo da presa, é quem teria sido responsável por seguir os passos da vítima.
A suspeita deu depoimentos contraditórios à polícia. Em um deles, a dupla admitiu participação no assalto, mas não na morte da família, segundo a defesa das duas.
Os cinco suspeitos foram denunciados por homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu a defesa das vítimas), roubo e destruição de cadáver.
Segundo laudos necroscópicos, as três vítimas morreram de traumatismo craniano provocado por agente contundente.
A defesa dos réus não foi localizada até a publicação desta reportagem.
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