Paulistano encara mais de 41ºC em novo dia de forte calor em SP

Medição oficial registrou máxima de 37,1ºC, mas termômetros marcaram mais em vários locais da capital paulista

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São Paulo

Perto da panela de Welder de Souza Lara, 39 anos, a temperatura batia 41,2ºC, na tarde desta quinta-feira (1º), segundo dia seguido de calor recorde na capital. A reportagem percorreu todas as regiões da cidade com um termômetro para medir a temperatura que os paulistanos enfrentaram nas situações cotidianas e haja calor.

Na média, o número oficial na cidade foi de 37,1ºC, a mesma medição de quarta (30), segundo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O índice representa a maior temperatura registrada no ano de 2020, a maior para um mês de setembro e a segunda maior de toda a série histórica das medições do órgão na cidade.

"Tenho revezado com meu parceiro de trabalho. Quando fica muito quente aqui, saio e ele frita um pouco", conta Lara, que trabalha há 1 mês em um trailer que vende salgados em uma das esquinas da rua 25 de Março, no centro.

Outro ponto da cidade com temperaturas encontradas acima das oficiais foi a Lapa (zona oeste). Na rua Nossa Senhora da Lapa, quem andava pela feirinha sentia um calor de 39,4ºC, segundo a medição realizada pela reportagem. Dentro do Mercadão da Lapa, mesmo protegidos do sol, os frequentadores enfrentaram 36,4ºC.

Andar de ônibus também não foi fácil nesta quinta, por conta do calor. Dentro do coletivo da linha 1783-10 Santana-Cachoeira, a temperatura chegava a 39ºC no termômetro da reportagem, mesmo com as janelas todas abertas.

Ainda na zona norte, quem passava pela avenida Luiz Dumont Villares, na Parada Inglesa, se deparava com um calor de 38,9ºC.

Na avenida Paulista (centro), e na Radial Leste, região do Tatuapé (zona leste), as temperaturas também estavam altas. A reportagem passou pela avenida mais famosa da cidade e registrou um calor de 38,5ºC. Mesma temperatura captada pelo termômetro no cruzamento da Radial com a avenida Salin Farah Maluf.

O casal Júlio César Santos, 24 anos, e Laís Correia, 24, caminhavam pelas ruas do centro na tarde desta quinta, mesmo com o forte calor.

Na rua 25 de Março, por volta das 14h, a reportagem mediu 38,1ºC. O casal, que estava na região no momento, considera que um dos fatores de maior incomodo quando a temperatura está elevada é a máscara utilizada como prevenção contra o contágio pelo novo coronavírus.

"A máscara de pano é ainda pior no dia a dia", afirmou Laís. Júlio disse que também se sente incomodado e que acredita que com o forte calor fica mais difícil de respirar com a máscara de proteção.

"Não é confortável usar a máscara, principalmente no calor. Mas não podemos abrir mão dela agora", afirma a infectologista Sumire Sakabe, do Hospital 9 de Julho. Segundo ela, a escolha do tecido é importante. Alguns, como algodão, podem ficar mais confortáveis no rosto do que alguns sintéticos, que aumentam a sensação de calor.

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