A Câmara de São Paulo terá, a partir do ano que vem, duas pessoas transexuais exercendo mandatos de vereador. É a primeira vez que isso ocorre na cidade. Os eleitos são Erika Hilton (PSOL) e Thammy Miranda (PL).
Para Erika, que foi codeputada estadual da Bancada Ativista na Assembleia Legislativa de São Paulo, a chegada de pessoas trans à Câmara é uma "grande resposta ao fascismo e ao conservadorismo". Erika foi a mulher mais votada na eleição para o Legislativo em 2020.
"Isso representa uma organização dos movimentos sociais, que se viram oprimidos pela política que está posta e que entenderam que nós precisamos nos organizar para colocar nos espaços de tomada de decisão mulheres comprometidas com os direitos humanos e que conhecem a realidade do sistema opressor", avalia.
Apesar da sua ligação com movimentos negros e LGBTQI+, Erika garante que não terá sua atuação restrita a esses grupos. "Nós queremos falar do orçamento, do transporte, da educação. Eu não sou uma vereadora de um nicho. Eu sou uma vereadora da maior cidade da América Latina, com condições intelectuais, políticas de fazer um belo trabalho voltado para a cidade", acrescenta.
Além de Erika e Thammy, que lideraram chapas na eleição para o Legislativo, a Câmara terá duas outras pessoas transexuais, que participarão de mandatos coletivos como covereadoras. Thammy foi procurado, mas não respondeu até o fechamento desta edição.
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