Uma enquete realizada pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), indica que 65% dos pais ou responsáveis por alunos querem a volta das aulas presenciais. Desde o dia 26, familiares de cerca de 140 mil estudantes responderam ao questionamento da pasta.
Entre os participantes, 96 mil informaram que querem a volta das aulas presenciais, e outros 49 mil se manifestaram contrários.
O índice de 65% é superior aos 57% aferidos na pesquisa Datafolha realizada em novembro de 2020 na cidade de São Paulo. À época, 28% responderam que preferiam a alternância entre atividades presenciais e pela internet.
Segundo a prefeitura, os resultados do levantamento serão usados para que as escolas se organizem de modo a respeitar o limite de 35% da capacidade de atendimento. “Isso [enquete] é importante para a organização. Como tem uma limitação de 35% de ocupação, se nós tivermos 35% ou menos que queiram voltar não há que se discutir qual é o critério. Se tiver mais do que 35% é preciso estabelecer critérios para não ultrapassar o limite sanitário estabelecido pela saúde e pela vigilância sanitária”, afirmou Fernando Padula, secretário municipal de Educação.
Os critérios que definem as prioridades foram divulgados nesta quinta-feira (28) por meio de uma instrução normativa da pasta. O documento cita que a organização levará em conta os dados obtidos na enquete. E isso será de responsabilidade de cada uma das unidades.
Na educação infantil, por exemplo, não haverá revezamento. Se a demanda em uma creche for superior a 35%, os critérios para saber quem pode entrar ou não envolvem idade, bebês e crianças que tenham irmãos mais velhos que serão atendidos na mesma unidade e os que estão em situação de vulnerabilidade.
Somente os pais ou responsáveis podem acessar o link da enquete. Matriculados na rede direta podem responder até o dia 5, próxima sexta-feira. Aqueles atendidos pela rede conveniada tem até o dia 9.
Os pais ou responsáveis de cerca de 140 mil participantes até o momento correspondem a apenas 14% dos cerca de 1 milhão de matriculados nas creches, pré-escolas, ensino fundamental, e alfabetização de jovens e adultos.
Pelo cronograma divulgado pela prefeitura, e com a derrubada da liminar que impedia o retorno das atividades a partir da próxima segunda-feira (1º), as duas primeiras semanas serão reservadas para atividades presenciais que envolvem apenas educadores.
Nesse período, eles terão formação em relação aos protocolos sanitários e a ferramentas de ensino híbrido; análise da avaliação diagnóstica; checagem com as famílias sobre quais estudantes devem retornar presencialmente e, somente a partir disso, organização das turmas.
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