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Escolas estaduais de SP farão força-tarefa para ajudar aluno sobre ensino online

Estudantes com problemas no ensino remoto deverão procurar os colégios em que estão matriculados na próxima semana, antes da volta às aulas

Juliana Finardi
São Paulo

As escolas estaduais de São Paulo reabrem na próxima segunda-feira (1º) para atividades de acolhimento e reforço, além de uma verdadeira força-tarefa para sanar dúvidas e dar suporte aos alunos ingressantes na rede que ainda não se familiarizaram com as ferramentas de tecnologia disponíveis para o acesso ao ensino remoto.

O subsecretário de Articulação Regional da Secretaria Estadual de Educação, Henrique Pimentel, disse que serão duas ações: disponibilizar suporte para os alunos que tiveram problemas para utilizar o sistema para aulas remotas e ensinar os novos ingressantes da rede, vindos de escolas municipais ou particulares, que nunca acessaram as ferramentas.

Ou seja, quem durante o ano passado teve problemas com acesso ao conteúdo online, seja por dificuldade técnica ou falta de equipamento, deve procurar sua escola na próxima semana. Cada escola terá liberdade para organizar o atendimento das famílias e dos alunos de acordo com suas necessidades individuais e particularidades.

Professor Maurício César Rodrigues, da Escola Estadual Américo de Moura, na zona leste de São Paulo, durante aula online de leitura - Rubens Cavallari - 3.nov.20/Folhapress

Segundo Pimentel, o aplicativo Centro de Mídias da Educação de São Paulo, usado para o ensino remoto, ganhou mais robustez e novos recursos.

“Teremos um quiz, um gerenciador de tarefas por meio do qual o professor poderá mandar atividades para os alunos e várias coisas que eram utilizadas em outras plataformas externas e poderão ser feitas dentro do próprio aplicativo. Quando o professor faz isso, não gasta a própria internet”, diz.

A manicure Cristina Santos da Silva, 30 anos, afirma que a tecnologia utilizada para as aulas remotas do filho Bernardo, no ano passado, deixou a desejar, principalmente no que diz respeito a solução de dúvidas.

“Os meios de comunicação eram a TV, por meio da tele-aula, que também poderia ser acessada pelo YouTube. De qualquer forma, não existia nenhum suporte para dúvidas. O máximo que se podia fazer era entrar em contato com eles pelo chat e se por sorte alguém visse, responderia alguma coisa”, disse a mãe. Bernardo tem 6 anos e cursou, em 2020, o 1º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Prof. Antônio Branco Rodrigues Júnior, em Diadema (ABC).

Pimentel afirma que os alunos que enfrentaram o mesmo problema de Bernardo agora poderão assistir às aulas online e posteriormente tirar as dúvidas com os próprios professores.

“Eram muitas pessoas nos chats. Uma das coisas que melhoraram com as novas funcionalidades do aplicativo é isso, o aluno assiste à aula do centro de mídias e esclarece as dúvidas com seu professor diretamente no aplicativo. Melhorando isso e reduzindo a quantidade por turmas vai facilitar bastante a comunicação”, disse.

Em entrevista coletiva na última sexta-feira (22), o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse que foram investidos R$ 1,5 bilhão com equipamentos e tecnologia. “Compramos notebooks, tablets, computadores e chips para os alunos mais vulneráveis, e chips para os professores que começam a ser entregues já nesta próxima semana”, afirmou.

Pimentel esclareceu que os chips de internet serão entregues para os alunos mediante o compromisso de entrega das atividades e outros critérios que ainda estão sendo definidos. Os professores que estiverem impossibilitados de trabalhar presencialmente também poderão receber os chips.

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