Um laboratorista de 53 anos morreu, no início da madrugada desta terça-feira (26), cerca de cinco horas após ser baleado na nuca durante uma tentativa de assalto na marginal Pinheiros, na zona sul da capital paulista. Nenhum suspeito foi preso.
A mulher de Francisco Miranda Alves da Silva relatou à polícia que o casal seguia no sentido Interlagos da via quando se deparou com um assalto em andamento, por volta das 20h30 desta segunda-feira (25).
Segundo a polícia, duas pessoas em uma moto tentavam roubar outro motociclista, que caiu em frente ao Fiat Strada do laboratorista. Ele desviou do homem caído e, com isso, fechou a moto dos criminosos.
Silva acelerou em seguida, segundo a polícia, pois notou que os ladrões estavam com uma arma de fogo. A dupla de bandidos passou a perseguir o carro da vítima.
Durante a fuga do casal, a mulher dele afirmou ter ouvido ao menos quatro tiros, dos quais um acertou na nuca do laboratorista e saiu pela testa, de acordo com a Polícia Civil.
Os criminosos fugiram em seguida, sem levar nada. O motociclista abordado pelos ladrões também não havia sido localizado pela polícia até a publicação desta reportagem.
Após ser ferido, uma Unidade de Resgate dos Bombeiros encaminhou o laboratorista até o Hospital das Clínicas, onde a vítima morreu horas depois.
O carro permaneceu no local para ser periciado, deixando duas faixas da via parcialmente fechadas. Elas foram liberadas pela Polícia Militar por volta das 4h30 desta terça.
O caso foi registrado no 89º DP (Portal do Morumbi) como tentativa de roubo e homicídio qualificado, por motivo fútil.
No ano passado, das 709 pessoas assassinadas na capital paulista, 421 estavam em vias públicas, representando quase 60% dos casos, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).
No mesmo período do ano anterior, foram 685 pessoas vítimas de homicídios, das quais 419 estavam na rua.
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