As escolas públicas e privadas do estado de São Paulo registraram juntas 741 casos confirmados de Covid-19 nos 44 dias compreendidos entre 1º de janeiro deste ano até o dia 13 de fevereiro. No período foram feitas 2.208 notificações de casos. Destes, 1.168 foram considerados suspeitos, e 334 foram descartados.
Os dados são do Simed (Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19) e foram apresentados nesta terça-feira (16) pelo secretário Estadual de Educação, Rossieli Soares.
As aulas presenciais na rede privada de ensino estão autorizadas desde o dia 1º de fevereiro; na rede estadual, desde o dia 8; e na rede municipal de ensino da capital, desde segunda-feira (15). Apesar de o Plano São Paulo permitir na fase amarela até 70% de alunos em sala de aula, Rossieli afirmou que o limite de até 35% será mantido até o fim deste mês.
Os números mostram ainda que quatro em cada dez alunos (40%) não compareceram às aulas no dia estabelecido para o rodízio. O número contrasta com uma sondagem feita pelo governo estadual antes do início letivo, que apontava que 70% dos pais levariam seus filhos à escola. “Nós achávamos que seria menos ainda”, afirmou Rossieli.
O levantamento indica que 97% dos docentes compareceram nas escolas, número que é contestado pela Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual).
“Vamos exigir judicialmente uma mesa de negociação para detalhar esses dados dos profissionais contaminados por Covid e claramente a adesão da greve é maior”, afirmou a presidente da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha, que também é deputada estadual pelo PT.
Em unidades estaduais, 8,8% tiveram casos
Os dados do Simed indicam que os 456 casos de Covid-19 em estudantes e servidores ocorreram em 396 escolas, o equivalente a 8,8% das cerca de 5,3 mil da rede estadual.
Desse total, 90% (357 unidades) tiveram apenas um caso. “Isso é muito importante porque mostra que essa pessoa não pegou na escola”, disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.
Em 28 escolas foram registrados dois casos, e em 11, três ou mais casos.Apenas nove escolas tiveram de fechar as portas. Duas delas já retomaram as atividades normalmente.
Os pediatras Marco Aurélio Sáfadi e Helena Sato, que integram a comissão que acompanha o trabalho do Simed, explicaram que a decisão de fechar uma escola por Covid-19 leva em conta critérios como o número de confirmados (dois ou mais), e se a transmissão estava ou não relacionada ao ambiente escolar. Com isso, é possível fechar apenas uma sala, por exemplo.
Rossieli disse que a escola que esconder casos de Covid-19 pode até ser fechada. A comunicação só não é obrigatória para escolas municipais de cidades que tenham conselhos de educação, como a capital.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.