Durante pelo menos uma semana, o cemitério da Vila Formosa, na zona leste da capital paulista, teve o fornecimento de água interrompido na área de velórios. Segundo o serviço Funerário do Município de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), que gerencia a necrópole, o abastecimento foi suspenso para a manutenção das caixas d'água.
Devido ao aumento do número de mortes pela Covid-19, a média na unidade é de 45 sepultamentos por dia neste início de ano. O cemitério da Vila Formosa é o maior da América Latina.
Segundo o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), contudo, o tempo de desabastecimento foi maior: duas semanas. "Imagine um velório, no meio de uma pandemia, faltando água nos banheiros. Não tem água e tem muita aglomeração, é tudo o que a Covid-19 gosta. É uma falta de respeito com o familiar que está lá porque já perdeu alguém", afirma João Batista Gomes, secretário do sindicato.
Na manhã desta quarta (10), a reportagem confirmou que o abastecimento de água nos banheiros da área do velório estava normalizado. Segundo o Serviço Funerário, a água voltou na segunda (8).
De acordo com a nota do órgão municipal, a manutenção foi necessária para corrigir rachaduras na estrutura das caixas d'água. "Durante a semana de manutenção das caixas, foi redobrado o número de recipientes com álcool em gel nas salas de velório e os banheiros químicos permaneceram à disposição para uso."
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