Moradores da cidade de São Paulo que tomaram a primeira dose da Coronavac estão com dificuldade para conseguir a vacinação completa pelo imunizante produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac Biontech em parceria com o Instituto Butantan.
A reportagem consultou nesta quinta-feira (8) 23 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todas as regiões da capital e só em oito delas havia vacinas disponíveis da Coronavac para segunda dose, que deve ser aplicada 28 dias após a primeira.
De três UBSs procuradas por telefone no centro, duas (Bela Vista e Santa Cecília) não tinham a vacina e uma (Bom Retiro) disse é preciso ir ao posto para ter a informação.
Na zona leste, as unidades Água Rasa, Vila Nova York, no Aricanduva e Reunidas 1, na Vila Industrial, não tinham nem previsão de quando chegariam novas doses. Na UBS Brás e na AMA/UBS Integrada Jardim Tietê 1, em São Mateus, os atendentes disseram que a vacina estava disponível
Na zona oeste, as unidades AMA/UBS Integrada Jardim São Jorge, AMA/UBS Integrada Vila Piauí, no Jaguara, e UBS Parque Novo Mundo 2, na Vila Maria também não tinham vacina para a segunda dose. Somente nas UBSs Rio Pequeno e Vila Medeiros a informação era de que as vacinas estavam para chegar ainda nesta quinta.
Na zona sul, das cinco unidades de saúde consultadas, em quatro não havia a vacina: no Campo Limpo, Capão Redondo, Grajaú e Jabaquara. Na UBS da Cidade Ademar as doses chegaram no início da tarde.
Já na zona norte, os paulistanos não conseguiram tomar a segunda dose em UBSs do Parque Anhanguera, da Brasilândia e do Mandaqui. No posto da Casa Verde havia 120 doses da Coronavac, enquanto na Vila Maria, outras 100 doses estavam disponíveis no início da tarde.
RESPOSTA
Em nota, a Prefeitura de São Paulo, gestão Ricardo Nunes (MDB), disse que a capital recebeu nesta quarta (7), 100 mil doses da vacina Coronavac para a aplicação de segunda dose e estava realizando o abastecimento das unidades nesta quinta.
A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que a falta de doses era pontual em alguns postos de saúde. "Quando isso acontece, as UBSs anotam o nome da pessoa e se prontificam em avisar sobre a chegada de novas doses para que a vacinação seja efetivada", afirma.
Já a Secretaria Estadual de Saúde, do governo João Doria (PSDB), disse que o abastecimento da Coronavac está normal e a gestão de distribuição dessas doses depende exclusivamente dos municípios.
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