Um operador de produção de 36 anos foi preso em flagrante sob a suspeita de pagar valores, recargas de celular, ou ainda de jogos na internet, em troca imagens pornográficas de suas vítimas, menores de idade, segundo a polícia.
A detenção ocorreu na manhã de quarta-feira (1º), na casa do suspeito, em Cubatão (56 km de SP), em cumprimento a um mandado de busca e apreensão. A defesa dele não havia sido localizada até a publicação desta reportagem.
A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) começou a investigar as ações do operador em 20 de agosto, junto com o 2º DP da cidade, após a mãe de um garoto de 13 anos afirmar que o suspeito estava induzindo o adolescente a enviar vídeos “sexualmente explícitos”, em troca de “moeda virtual”, usada em jogos online.
“A equipe da especializada conseguiu identificar e localizar o indivíduo e, com base em fortes indícios, foi representado pela expedição de mandado de busca domiciliar, que foi deferido pelo Poder Judiciário”, diz trecho de nota da Polícia Civil.
Na casa do suspeito, a polícia localizou e apreendeu dois notebooks, dez celulares, um computador, chips de celular e HD externos.
No pedido de busca e apreensão, expedido pela Justiça, também havia a autorização para a quebra do sigilo de dados dos eletrônicos apreendidos.
Ao verificar os aparelhos, ainda na residência do operador, investigadores constataram “farta quantidade de arquivos” contendo pornografia infantil, incluindo imagens do garoto de 13 anos, cujo a mãe denunciou o crime à polícia. O número total de vítimas, assim como suas idades, são ainda apurados pela DDM.
Em um aplicativo de mensagens, a polícia também encontrou jovens, aparentando serem menores de idade, produzindo vídeos pornográficos em troca do pagamento de valores, ou de recargas.
A delegada Mayla Hadid, titular da DDM de Cubatão, afirmou ao Agora, na tarde desta sexta-feira (3), que o suspeito pagava diariamente valores, ou fazia recargas, entre R$ 10 e R$ 50 para cada jovem.
“As investigações prosseguem para a identificação de outras vítimas e no aguardo do laudo pericial. Fica apenas o alerta aos pais para que monitorem o uso de celular pelos menores, que por imaturidade e inexperiência acabam atraídos e induzidos a produzirem os vídeos sem a real noção dos perigos da exposição de suas imagens e sexualidade”, ressaltou a policial.
O operador de produção foi preso em flagrante sob a suspeita de armazenar conteúdo com cena de sexo explícito, ou pornografia, com criança e adolescente, além de exploração sexual, pelas vítimas mandarem imagens de sexo em troca de dinheiro ou brindes, como previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A polícia já solicitou a conversão da prisão em flagrante em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.
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