Dois adultos foram presos e um menor, apreendido, suspeitos de participar de uma série de assaltos, ocorridos no fim da noite de segunda-feira (4), nas cidades de Taboão da Serra e Embu das Artes, ambas na Grande SP. O número total de vítimas, assim como de objetos levados, ainda são estimados pela polícia.
Um autônomo de 21 anos, que estaria envolvido nos crimes, morreu após ser ferido em uma suposta troca de tiros com policiais. As circunstâncias do tiroteio são apuradas pela Polícia Civil.
Segundo registros do 1º DP de Taboão da Serra, foi notificado à polícia que uma moto Honda CG 160 vermelha e outra, Yamaha Fazer preta, estariam sendo usadas por quatro criminosos para realizar roubos em série.
Os assaltos teriam começado em Embu das Artes, se estendendo até Taboão da Serra, quando a PM recebeu as informações sobre as motos e os ladrões. O número de roubos é de ao menos cinco, segundo a polícia, que não especificou onde cada um deles ocorreu.
Por volta das 23h de segunda, policiais se depararam com os suspeitos na rua Edson da Silva Coelho, em Taboão da Serra, onde o homem de 21 anos teria trocado tiros com os PMs.
Ele chegou a ser socorrido por uma unidade dos bombeiros até o pronto-socorro Antena, onde acabou morrendo.
Dois homens, de 19 e 21 anos, foram presos e um adolescente, de 17, apreendido. Todos foram levados à delegacia da Grande São Paulo.
Uma das motos usadas pelo bando, de acordo com a polícia, é roubada e, a outra, conta com emplacamento adulterado. Ambas foram apreendidas para perícia, da mesma forma que a arma supostamente usada pelo autônomo e também o armamento dos policiais.
O trio permanecia à disposição da Justiça até a publicação desta reportagem.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) o caso foi registrado como desobediência, receptação, resistência, homicídio (consumado e tentado), legítima defesa, ato infracional de desobediência, ato infracional de dirigir sem permissão ou habilitação, localização/apreensão de objeto e veículo e ato infracional de adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Outros casos de violência
A cidade de São Paulo vive uma onda de roubos seguidos de morte, que aumentaram em 22% comparando as 38 vítimas de latrocínio de janeiro a agosto deste ano, com as 31 do mesmo período do ano passado. A zona sul da cidade registrou, nos sete primeiros meses de 2021, mais da metade dos assaltos em que vítimas são assassinadas na cidade.
Na quinta-feira (30) uma dentista de 55 anos morreu no hospital Parada de Taipas, na zona norte da capital paulista, após ser ferida em uma tentativa de assalto, em Pirituba. O crime ocorreu em frente à casa da vítima. Dois criminosos, em uma moto, permanecem foragidos.
Entre os dias 22 e 25, ao menos oito pessoas foram mortas em ações criminosos diferentes, na Grande SP, no litoral e na capital paulista.
Três jovens, com idades entre 16 e 25 anos, foram mortos a tiros, na noite do dia 25 na favela do Alba, na região do Jabaquara (zona sul da capital paulista), de acordo com a Polícia Civil. Ninguém havia sido preso até a publicação desta reportagem.
Uma adolescente de 17 anos e um pedreiro de 44 anos morreram após serem baleados em um assalto, por volta das 19h10 do dia 24, segundo a Polícia Militar, em Itanhaém (106 km de SP). A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou na ocasião que a PM, durante uma ronda, prendeu duas mulheres, de 20 e 26 anos, dois homens, de 22 e 27, além de apreender um adolescente de 16 anos. Eles estavam em uma pousada da região.
No dia 23, o programador Renato Nunes Consentino, 40 anos, se apresentou à Polícia Civil de Mairiporã (Grande SP), suspeito de matar três pessoas de uma mesma família a facadas, na madrugada do dia anterior, na zona rural da cidade.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.