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Pedestre corre risco de queda em viaduto sem grades no centro de SP

Elevado no Brás obriga as pessoas andarem pela rua em vez da calçada

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São Paulo

O simples ato de andar pela calçada se torna um risco de queda quando esse passeio é pelo viaduto Maestro Alberto Marino, no Brás (região central da capital paulista). O local, que serve como ligação para quem vem do centro e tem como destino o largo da Concórdia ou a estação Brás da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitano) está sem parte das grades que separam o elevado da avenida Rangel Pestana. Tal gradil também serve de corrimão para pessoas com mobilidade reduzida ou idosos.

O problema, segundo quem passa por ali, teve início há cerca de três meses. Um comerciante, que pediu para não ser identificado, disse que as grades de ferro foram arrancadas por carroceiros, que vendem os objetos em ferros velhos do bairro.

Além da falta de uma parte da grade, o início do viaduto, no sentido da avenida Celso Garcia, está sem algumas barreiras de concreto que separam uma extensão da calçada, pintada no asfalto, da faixa de rolamentos, em que passam ônibus, carros e pequenos caminhões.

Procurada, a prefeitura informou que irá providenciar os reparos, sem precisar quando. "Com relação aos blocos de concreto e a falta de gradis, a demanda será encaminhada para a subprefeitura da região para reposição", disse em nota.

Pedestres passam pela passarela do viaduto Maestro Alberto Marinho, no fim da avenida Rangel Pestana, no Brás, região central de SP - Rivaldo Gomes/Folhapress

Usando uma bengala, devido a dificuldade na locomoção, o churrasqueiro Vanderlan Alves, 60 anos, fazia o trajeto no sentido Sé, quando parou para conversar com o Agora. Ele era uma das muitas pessoas que preferiam andar pela faixa pintada na via para pedestres, mais próxima aos carros, do que trafegar pela calçada.

"A gente sente medo. Precisa colocar um [gradil] mais moderno, com mais segurança", disse Alves. Ele, que contou caminhar pelo local diariamente, detalhou que as grades foram desaparecendo aos poucos. "Foi sumindo, sumindo. Cada dia foram tirando um pedaço. O ferro velho está ganhando muito."

O pedreiro José Pereira Gomes, 50, que possui uma banca de frutas na avenida Rangel Pestana, via que passa ao lado do elevado, relatou já ter visto um homem cair do ponto sem proteção. Segundo ele, a pessoa não se feriu com gravidade, mas uma ambulância teve de ser chamada para o socorrer até um hospital. "É um perigo cair e quebrar uma perna, quebrar um braço. Se bater a cabeça, já era", disse Gomes.

Quem também prefere caminhar pela extensão da calçada é a vigilante Cristiane Ferreira do Nascimento, 41. Ela diz que a situação do viaduto piora a cada dia, com o aumento do sumiço das grades. "Eu sinto tontura, e nem passo pela calçada. Olha a altura", momento em que apontou para a distância entre o viaduto e a avenida Rangel Pestana.

Resposta

Em nota, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou "que o Viaduto Maestro Alberto Marino, localizado na região central, passou por vistoria visual em maio deste ano. Durante a inspeção, não foram constatados danos estruturais". A prefeitura ainda pontuou que a "vistoria técnica detalhada no viaduto está na programação da secretaria para ser contratada ainda este ano".

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