A Prefeitura de São Paulo afirmou ter dado início a uma força-tarefa para combater o mosquito Aedes aegypti, o inseto causador da dengue. A ação da gestão Ricardo Nunes (MDB) ocorre no mesmo momento em que os registros de doentes crescem na capital.
Segundo os dados da vigilância epidemiológica das arboviroses no município de São Paulo, até o dia 3 de novembro, 7.172 casos foram registrados na cidade, um aumento de 254% em relação ao ano passado.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, 28 equipes da Uvis (Unidade de Vigilância em Saúde) estão aptas a visitar imóveis identificados como de altíssimo ou alto risco para proliferação do mosquito. As ações, que também devem contar com o apoio da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) e da DVZ (Divisão de Vigilância de Zoonoses ), tem previsão de ocorrer até o próximo sábado (20).
De acordo com a prefeitura, as visitas aos imóveis, que ocorrem diariamente, têm como objetivo reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti e a oferta de recipientes para sua proliferação.
Além das visitas, uma parceira entre as secretarias municipal e estadual da Saúde, e o Ministério da Saúde, visa realizar a avaliação de densidade larvária, um levantamento com amostras que auxilia na obtenção de indicadores de infestação pelo mosquito e serve para direcionar as estratégias de vigilância e controle vetorial do Programa Municipal de Vigilância e Controle de Arboviroses.
A zona norte da capital paulista onde há mais confirmações de casos da doença em 2021. Segundo a secretaria, a região teve 1.874 casos. Ela é seguida pela zona leste com 1.701, pela zona sul com 1.540, sudeste com 1.200, oeste com 633 e, em último lugar, fica o centro da cidade com 210 registros.
A prefeitura sustentou que, desde 2020, foram realizadas 2.249.229 ações de bloqueios de controle de criadouro do Aedes aegypti, mais 5.061.094 visitas de rotina casa a casa, além de 68 mil ações em pontos estratégicos da cidade, entre outros trabalhos.
A dengue apresenta, habitualmente, comportamento cíclico, com anos epidêmicos (duração de 1 a 2 anos) e anos interepidémicos (duração de 2 a 3 anos). O último ano epidêmico, tanto no município como no estado de São Paulo e Brasil, foi o de 2015. Em 2019, último ano epidêmico de dengue na capital, foram registrados 16.815 casos, número 57% maior do que o registrado até o momento em 2021, que é de 7.172.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde diz que as medidas adotadas visam à prevenção da transmissão na capital, que ocorre predominantemente nos meses de março, abril e maio. Apesar da alta no ano em comparação com 2020, a pasta diz que outubro foi registrado o menor número de casos em 2021.
"A dengue apresenta habitualmente comportamento cíclico, com anos epidêmicos (duração de 1 a 2 anos) e anos interepidêmicos, (duração de 2 a 3 anos). Em 2019, último ano da epidemia na capital, foram registrados 16.815 casos, número 57% maior do que o registrado até o momento em 2021, que é de 7.172", diz a pasta, em nota.
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