Prefeitura de SP usará aerobarco contra pernilongos nas margens do rio Pinheiros

Equipamento custou R$ 245 mil e serve para matar larvas do mosquito

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo vai usar um aerobarco para tentar conter a proliferação de mosquitos do tipo culex na extensão do rio Pinheiros.

De acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que participou da demonstração do equipamento na manhã desta quinta-feira (25), foram gastos R$ 245 mil com aerobarco, que é uma embarcação movida por um grande ventilador que fica na traseira, fora da água.

O veneno biológico utilizado é em formato granulado, que deve ser ingerido pela larva do mosquito para que ele não sobreviva. O larvicida não tem efeito na fase adulta do pernilongo, caso semelhante ao produto para combater o Aedes aegypti, que registrou aumento na quantidade de casos neste ano em relação ao período anterior.

"O equipamento que vai no aerobarco faz o lançamento do larvicida na lâmina d’água e as larvas se alimentam e morrem", disse a prefeitura.

Aerobarco comprado pela cidade de São Paulo para combater pernilongos no Rio Pinheiros - Rivaldo Gomes/Folhapress

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, somente o rio Pinheiros será atendido pelo aerobarco, uma vez que não foram identificados problemas de proliferação do mosquito no rio Tietê.

Enquanto o aerobarco mostrava suas funcionalidades, em um trecho do rio na altura da Usina São Paulo, em Cidade Jardim (zona sul da capital paulista), o prefeito, o secretário Municipal da Saúde, Edson Aparecido, e funcionários da Vigilância Sanitária fizeram o mesmo trajeto em outra embarcação.

O uso de um aerobarco não é novidade na capital. Em 2003, foram utilizados equipamentos semelhantes doados por empresários, com a intenção de conter os pernilongos nas margens do rio Tietê.

Além do aerobarco foram apresentados 30 veículos, adquiridos por R$ 1,9 milhões, que irão compor a frota já existente no combate à dengue. Eles serão encaminhados para a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), que será a responsável pela distribuição para outras unidades regionais.

Segundo os dados da Vigilância Epidemiológica das Arboviroses no município de São Paulo, até 3 de novembro, 7.172 casos de dengue foram registrados na cidade, um aumento de 254% em relação ao ano passado.

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