Civic turbo encara o Corolla com motorização híbrida
Honda e Toyota acham meios diferentes para economizar combustível em seus sedãs
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Há algumas semanas, o Agora colocou frente a frente as versões intermediárias e mais vendidas de Honda Civic e Toyota Corolla. Elas eram bem parecidas, com motores 2.0 16v, câmbio CVT e pacotes de equipamentos parelhos. Essa sempre foi a fórmula para manter esses dois sedãs rivais sempre no alto do ranking de vendas. Era.
Agora, as versões topo de linha se distanciaram graças a tecnologia. A Honda optou pelo "downgrade" no Civic Touring, o mais caro da linha. Isso significa o uso de um motor menor, turboalimentado, para ficar mais potente e gastar menos combustível.
Deu certo. O 1.5 de 173 cv de potência faz o sedã andar mais do que o 2.0 sem cobrar a mais que isso. Movido somente a gasolina, é possível alcançar uma média de 12 km/l em circuito misto entre estrada e cidade.
Número bom, mas não é suficiente para bater o rival. A receita da Toyota foi mais tecnológica ainda, adotando a propulsão híbrida. Ou seja, o Corolla pode andar com um motor elétrico em pequenos trajetos ou até 60 km/h. Passando disso, entre em ação o 1.8 flex de 101 cv. Junto com o elétrico, a potência combinada chega a 123 cv.
O desempenho nesse modo não chega a encher os olhos, mas o consumo, com álcool no tanque, ficou na média de 14,3 km/l. Quem quiser um pouco mais de emoção pode apelar para o modo "Power". Aí os dois motores atuam em conjunto favorecendo a arrancada, já que o motor elétrico tem alto torque na rotação 0, mas não entrega tanto em retomadas.
As baterias são carregadas pelo próprio motor e nas frenagens. Não há como ligar o carro na tomada, por exemplo, o que deixa o uso da eletricidade mais restrita do que em um híbrido plug-in como o Volkswagen Golf GTE, por exemplo.
Os dois sedãs usam câmbio CVT (sem troca).
O bolso volta a falar em favor do Corolla na hora da compra. O híbrido mais barato custa R$ 124.990, cerca de R$ 10 mil a menos do que versão única do Civic turbo (R$ 134.900). Equipado com teto solar e pacote com piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa e frenagem automática, o preço sobe para R$ 130.990, ainda abaixo do Honda.
Ambos possuem ar-condicionado automático de duas zonas, teto solar (opcional no Corolla), seis airbags no Civic e sete no Toyota, rodas 17" e central multimídia com sistemas Android Auto e Apple Carplay. Listas equivalentes, apesar da grande diferença na mecânica. Fica a escolha entre economia e desempenho.