A carne é fraca. Não há santo. Nem durante a quarentena. Seja carnívoro, vegano, pecado é a regra do ser humano. Coisa boa, sanguínea, é animal, mundo mundano. Colérico, depende da ênfase, animal é ruim também, bicho. Papo reto, é a real. Puritanismo histérico, religiosidade que flerta com o bélico. É bom para o moral. Luxo, lixo. Sem rumo, rima besta. Muita paixão na sexta.
No embalo da enforcada de quinta que alguns transformaram em santa. E dá-lhe quebra-gelo na garganta. Amargo ou doce é facultativo. Salto alto, renda, cinta. Chocolate, feriado. Até quem não tem ideia do significado da Páscoa dá graças a Deus. Agnósticos, ateus. Há quem minta; maioria, no entanto divulga, posta, dá pinta. Maior barato. Sem medo. Ninguém é de ninguém! Mesmo quem trabalha comemora a melhora no trânsito e não atrapalha quem enforca. O prazer de não ser azedo. Amém. Gandaia. Não força. Se o Estado é laico faltou combinar com o calendário. Só Jesus na causa. Quem pode acelera, voa, larga a cidade. E desce à praia, samba, agarra a banguela; sobe a montanha, tração, correia dentada, rock das aranhas. Sem vergonha. Nem própria, nem alheia. Se Maomé não vai também é porque não tem grana ou não foi liberado, sem visto, não pode. Vou além. Quem não sonhou com coelhinha? Revista. Polícia morde no acostamento. Bacana, peão, lorde. Como IPVA, paga mais quem tem SUV. Açodamento. Perdeu, playboy. Economizemos o pedágio, interrompemos a viagem. Amanhã, para muitos, é dia de confraternização em família. Tradição cristã, brasileira. Que transformou “casa da sogra” em sinônimo de zona. O melhor do Brasil não é o Brasileiro. É, sem dúvida, o mata-mata. Na Bahia, no Rio, no Sul, em Minas, lá, acolá, por aqui. E almoço brasileiro que se preze tem futebol no cardápio. Gre-Nal com churrasco, macarrão com frango majestoso, com caneco do Bahia o acarajé é mais gostoso. Axé. Em mesa celeste ou alvinegra, tropeiro é sempre bom, uai. Falar em paz, amor, respeito, com torcida única na final? Meus ovos! Feliz Páscoa! Que um dia ressuscitemos o espírito do futebol. Até lá, ganhe quem ganhar, perdemos todos. Todos os dias. Amanhã também.
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