Foi sofrido, mas o Brasil espantou a maré de azar contra o Paraguai. Depois do empate sem gols, a seleção foi mais competente nas penalidades e venceu por 4 a 3, nesta quinta-feira (27), na Arena do Grêmio.
 Com isso, a seleção brasileira se vingou das duas eliminações para o rival e retorna à semifinal da Copa América após 12 anos.

Na próxima terça-feira (2),  os brasileiros vão enfrentar o vencedor de Venezuela e Argentina, que jogam nesta sexta-feira (28), no Maracanã. A vaga à final do torneio vai ser decidida no Mineirão, em Belo Horizonte.

O time de Tite espantou um fantasma contra um adversário que estava engasgado. Em 2011, na Argentina, e em 2015, no Chile, a campanha brasileira parou duas vezes nas quartas de final, exatamente contra o Paraguai, com derrotas em cobranças de pênaltis em ambas as ocasiões.

Há três anos, na edição da Copa América centenária, que foi realizada nos Estados Unidos, o Brasil não conseguiu passar da primeira fase, o que custou o emprego do técnico Dunga e, posteriormente, Tite assumiu o comando.

O Brasil repetiu a tática de sufocar o adversário logo no início, mas não conseguiu abrir a vantagem. À medida que o tempo foi passando prevaleceu a aplicação tática dos paraguaios, o excesso de preciosismo dos brasileiros na hora de arrematar ao gol e, quando eles conseguiram acertar o alvo, o goleiro Gatito evitou que a bola entrasse.

Parte da torcida não gostou do terceiro primeiro tempo, em quatro partidas, sem fazer gol e vaiou o time.
Na segunda etapa, a seleção brasileira ganhou uma injeção de ânimo aos 10min e comemorou o pênalti de Balbuena sobre Firmino. O árbitro Roberto Tobar, porém, foi chamado pelo árbitro de vídeo e revisou o lance. A falta foi marcada fora da área, mas o zagueiro paraguaio foi expulso.

Com um homem a menos, o Paraguai se trancou ainda mais e deu todo o campo para os brasileiros rondarem a área, mas aí ou os chutes saíam errados ou a marcação travava ou Gatito fazia a defesa. Na única vez na qual uma dessas três coisas não aconteceu, na finalização de Willian, a bola  explodiu na trave.

Na disputa das penalidades, competência e sorte ajudaram Alisson. Ele pegou o penal de Gustavo Gómez e viu Derlis González chutar para a fora. No Brasil, apenas Roberto Firmino falhou na sua cobrança.