Você que luta para se manter, você que pede pra sobreviver, você que olha com toda curiosidade, a fim de saber a verdadeira verdade... Alô, povão, agora é fé! A campanha da seleção feminina na Copa do Mundo não foi decepcionante porque não dá para se decepcionar com algo que você não espera! Avançar em terceiro em uma chave fraca com Itália, Austrália e Jamaica e parar já nas oitavas era a lógica desde que o Brasil pisou na França após a patética preparação da CBF de Marco Aurélio Cunha e do desatualizado Vadão.
O futebol feminino sobrevive, ou tenta, graças exclusivamente a talentos individuais esparsos. Dito isso, remando contra a maré, achei raso, insuficiente e decepcionante o posicionamento de Marta antes, durante e pós-eliminação. Dizer que ela, a Cristiane e a Formiga não vão durar para sempre é tão óbvio quanto afirmar que a Terra é redonda! E chamar as mulheres que estão chegando agora à seleção para lutarem é válido, mas não ataca o cerne da questão.
O ponto é que Marta, que foi bem ao usar a chuteira para discursar pela igualdade de gênero e tem todo o direito de usar batom no jogo para fazer dinheiro (como craques masculinos já fizeram sinal de cerveja pelo mesmo fim) sempre compôs com CBF, com a cartolagem, com a fraca comissão técnica. E reclamou quando qualquer ponto negativo era apontado como se a obrigação de quem torce fosse fazer o papel de claque acéfala.
Marta não vai durar para sempre, mas é a única que tem tamanho para gritar que a preparação foi ridícula, que a CBF é uma piada e que Vadão não fez um trabalho que justificasse sua continuidade no comando da seleção brasileira.
Alguém imaginava uma seleção sem Marta? Sem Vadão, Marco Aurélio e com gente capaz seria possível sonhar com uma campanha e, principalmente, um futuro muito melhores.
Não concordo com o conteúdo, mas aplaudo a forma: Marta foi autêntica e não esperou meses para dar uma satisfação patrocinada em rede social como o comunicado da Gillette, digo, do Neymar após o fiasco na Rússia.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.