Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Dani Maradona e Caniggia Jesus: "Messi, tchau!; Messi, tchau!; Messi, tchau!"

São Paulo

Que maravilha, a girar... Alô, povão, agora é fé! Não há tática, esquema e organização capazes de neutralizar a genialidade de quem chama a responsa, recebe, dá chapéu, dribla, joga o adversário no chão e fala "agora é só fazer""¦ Antes do jogo, o Brasil era o favorito porque é muito mais time, no sentido coletivo, do que a Argentina. E os hermanos não podiam ser descartados pela individualidade de Messi. 

Mas como futebol, graças a Deus, é algo imprevisível e muito mais jogado do que planejado, a Argentina esbanjou organização. E foi mais time que o Brasil! E o talento extraclasse vestiu a faixa de capitão do Brasil na vitória por 2 a 0! 

Firmino (à esq.) comemora com Gabriel Jesus o segundo gol brasileiro sobre a Argentina, marcado por ele após passe do companheiro; o primeiro gol foi o inverso
Firmino (à esq.) comemora com Gabriel Jesus o segundo gol brasileiro sobre a Argentina, marcado por ele após passe do companheiro; o primeiro gol foi o inverso - Mauro Pimentel/AFP

Com um lance tão genial e mais plástico quanto o de Maradona na Copa de 1990, Daniel Alves deu chapéu em Acuña, deixou Paredes estatelado no chão e azeitou para Firmino rolar macio para Gabriel Jesus abrir o placar aos 18 minutos de jogo. O mesmo Gabriel Jesus que também jogou muita bola e, além de quebrar o jejum, ofereceu o 2 a 0 para Firmino no momento de maior pressão argentina, quando o 1 a 1 parecia iminente.

Voltando à pintura inaugural, nas oitavas da Copa de 1990, Caniggia, com direito a finta em Taffarel, completou com maestria o presente de Maradona. E a analogia cabe também porque, na ocasião, o Brasil, que fazia uma Copa fraca, foi muito melhor do que a rival, perdeu gols em profusão e o gol foi um castigo oferecido pelo talento do melhor do mundo. 

Desta vez, a Argentina, que teve um Messi digno e carimbou o travessão de Alisson com Agüero, no primeiro tempo, e a trave com o camisa 10, na segunda parcial, finalizou, pressionou, ditou o ritmo e jogou mais bola que a seleção brasileira.

O melhor futebol rival foi reconhecido na substituição de Tite, que voltou com Willian no lugar de Cebolinha. Arthur não foi bem, Coutinho, de novo, também não... E o time também não funcionou como um todo. Mas as noites de Maradona de Daniel Alves e de Caniggia de Gabriel Jesus foram suficientes para mandarem um "Messi, tchau!; Messi, tchau!; Messi, tchau!"

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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