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Luis André Rosa: Muito prazer

Garoto Matheus Cunha brilha na Alemanha e vai disputar o Prêmio Puskas

É cada vez mais comum. O garoto se destaca na base de um clube formador, os donos dos seus direitos, geralmente fatiados entre empresários, o vendem por qualquer trocado. Ele é profissionalizado em um futebol pouco atrativo da Europa. Na sequência, essa promessa vai para um país mais competitivo e aí,  como em um passe de mágica, o Brasil conhece mais um filho da terra que pode ter um futuro brilhante.

O nome da vez é o atacante Matheus Cunha, 20 anos. Foi graças a um golaço, com o DNA do futebol brasileiro, anotado no dia 6 de abril, que o atacante vai concorrer ao Prêmio Puskas, na eleição da Fifa para o gol mais bonito da temporada. O jogador do time alemão Red Bull Leipzig foi um dos dez selecionados, entre eles o argentino Lionel Messi e o sueco Zlatan Ibrahimovic, pela entidade para concorrer ao troféu.

Matheus Cunha, brasileiro do Red Bull Leipzig
Matheus Cunha arrisca jogada em partida pelo Red Bull Leipzig; atacante brasileiro é um dos concorrentes ao Prêmio Puskas, na eleição da Fifa ao gol mais bonito da temporada. - Divulgação

Matheus Cunha é cria do Coritiba. Após a Copa São Paulo de Juniores de 2016, o garoto foi negociado com o Sion, da Suíça, em 2017. No ano seguinte, ele se transferiu para a Alemanha.

Em sua primeira temporada, o atleta ajudou o Leipzig a ficar com o vice-campeonato na Copa da Alemanha, perdeu a decisão para o Bayern de Munique, e o time ficou em terceiro lugar no Campeonato Alemão, o que deu o direito de o pequeno clube ir diretamente para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

A CBF já o trouxe para as seleções inferiores. Matheus Cunha foi o artilheiro do Brasil na conquista do Torneio de Toulon, na França, em junho. O seu talento o credencia a ser um dos jogadores que tentarão levar o país à conquista do segundo ouro olímpico, nos Jogos de Tóquio, no ano que vem.

A obra de arte que pode dar ao Brasil o terceiro Prêmio Puskas, nas palavras do autor, “saiu de um improviso”. Ele pisou na bola com o pé direito, girou, escapou da marcação do compatriota Wendell, do Bayer Leverkusen, com um toque de esquerda, ficou cara a cara com o goleiro e o encobriu com uma cavadinha. Final de classe para uma vitória por 4 a 2, na casa do rival.

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