A família no centro de tudo. O discurso, exibido para todo o planeta, foi emotivo, fantástico. Autêntico. Amor, incondicional, acima de tudo. Emocionou o brasileiro, o pobre, o rico, o estrangeiro. Voz plena, ainda que publicidade não fosse o plano inicial. Sentimento real.

Mostrou, parafraseando Geraldo Vandré, que quem quer fazer não espera acontecer. Deu muito orgulho de ser humano, de ser brasileiro. Tem que ser muito espírito ruim para não reconhecer a beleza e a coragem de tudo o que foi dito, vivido, sentido, exibido.

Não importa o que diga a imprensa. E todos que sempre jogam torcem contra. Tem guerra por poder, trama para mudar estatuto, apedrejamento, politicagem, sacanagem. Fato. 

Mas é preciso mostrar o lado de quem brilha e faz toda a sociedade brilhar. De quem veste a camisa, arregaça a manga, transforma a lealdade em padrão e não fica esperando jorrar oportunidade da teta estatal. Muito menos usa o amor de milhões para levantar o troféu que não lutou para conseguir para 
se exibir. E, por conseguinte,  escancarar o pior lado, o puxa-saquismo e a subserviência 
rasteira e constrangedora ao poder de quem tem história para não se render.

A história é outra. A dureza do prélio, para quem rala mais do que fala, é diária. Vencida com fibra. Muito mais sentida do que ostentada. E até a ostentação, quando acontece, é fruto do amor. Não o próprio. Amor ao próximo. 

Mostrar-se é ensinar, inclusive a quem vomita ódio e preconceito, que é possível e é preciso fazer mais, independentemente da ideologia, da cor da camisa. Família é amor. Não uma cadeia imutável com centro predeterminado. A sociedade pode, também, ser matriarcal. Centrada no amor de mãe pelo filho. Nem tudo é biologia, ideologia. Amor não tem a ver com gênero. O amor só é cego para quem não enxerga com o coração.

O melhor do Brasil é o amor da mãe pelo filho. Não a canalhice travestida de patriotismo. Cinismo ignóbil que não é exclusividade do pior tipo de brasileiro. A esperança, como o amor de Silvia Grecco pelo filho Nickollas, é verde também. Apesar do ódio e da idiotia poderosos, amanhã há de ser um novo dia.

Minha terra tem Palmeiras. Minha Terra, que precisa preservar o verde, tem Silvia.

Avante!