A Organização Mundial da Saúde classificou o novo coronavírus como pandemia, quando a doença já está disseminada em nível mundial. Isso significa que o vírus já cruzou fronteiras nos quatro cantos do mundo e é preciso tomar medidas rígidas para contê-lo.
Portanto, não cabe no momento brincadeiras de mau gosto, como a feita pelo pivô francês Rudy Gobert, do Utah Jazz, da NBA. Na segunda-feira (9), no fim de uma entrevista coletiva, ele tirou sarro das medidas tomadas pelas autoridades e disse que não tinha o coronavírus, tocando em todos os microfones dos jornalistas antes de sair da sala.
O ato poderia não ser grande coisa não fosse o fato de ele ter sido diagnosticado com o Covid-19 dois dias depois. Como o período de incubação do vírus é de 14 dias, é possível que tenha passado a doença para os profissionais da imprensa.
Assim como ele, há muita gente que brinca com a situação e acaba atrapalhando quem trabalha sério para evitar um mal maior.
Foi o caso do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou na terça-feira (10), durante discurso em Miami (EUA), que a “questão do coronavírus” não era “isso tudo” e se tratava muito mais de uma “fantasia” propagada pela mídia no mundo todo.
Ao contrário de Gobert, já se passaram dois dias e o presidente não teve o diagnóstico da doença, mas um de seus braços direitos, o secretário especial de Comunicação da presidência, Fabio Wajngarten, sim.
Wajngarten, por sinal, esteve presente nos encontros de Bolsonaro com o presidente americano Donald Trump, o que gerou um clima de apreensão geral.
Trump também estava com um discurso cético, minimizando a extensão do problema. Até que o Covid-19 bateu na sua porta e ele teve de tomar uma atitude, suspendendo por um mês viagens da Europa para os EUA para tentar conter a propagação.
A crise é grave e preocupa mais quando atinge idosos e pessoas com doenças crônicas. Por isso, seriedade e responsabilidade é o mínimo que se espera de todos.
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