Desde que parcela da população resolveu adotar a camisa amarela com o escudo da corrupta CBF como uniforme de combate à corrupção, o surrealismo ganhou proporções inimagináveis! Teve até trabalhadores comemorando o fim de direitos trabalhistas.
A partir daí, a vida, em contornos de absoluta insanidade, começou a imitar o bélico futebol, dando sentido quase literal a alegorias esportivas.
Arqueiro: último homem situado na retaguarda, com a função de fazer o possível e o impossível para não deixar que o exército adversário adentre à linha da bandeira que defende.
Matador: escalado estrategicamente com a tarefa de aniquilar o adversário. Participa pouco dos movimentos coletivos, não colabora com o conjunto e, quando aparece a chance, fuzila. E é aplaudido e abraçado por colegas, carregado nos ombros.
Artilheiro: é o responsável por usar o conjunto de armas do exército para matar. Na prática, sinônimo de matador.
Cão de guarda: não precisa pensar. Nem dialogar. Tampouco iniciar um contra-ataque. Sua função é impedir, de qualquer maneira, o avanço rival. Sua presença física tem a única função de intimidar o adversário, forçando-o a repensar o caminho para adentrar no território.
Caixão: matar o adversário e acabar com a fatura, liquidar.
Mata-mata: batalha em que não há espaço para erros, trégua nem acordo. É tudo ou nada! É matar o adversário, ou morrer. Só um sobrevive e, às vezes, sai ferido a ponto de dificultar o resultado na próxima batalha.
Venceremos, com baixas (todas importantes e únicas), a pandemia de coronavírus.
A imagem da derrota é a de “torcedores do coronavírus”, vestidos de amarelo como em uma comemoração de título da seleção, indo à avenida Paulista e segurando caixão para comemorar a morte dos “adversários”, os seres humanos…
Em matéria de imbecilidade, com parte dos brasileiros, não há quem possa… Eita esquadrão de ouro!
Se puder, não escute o presidente lunático irresponsável que elegeram (essa culpa eu não carrego) e fique em casa!
Vai passar!
Samuel Johnson: “O patriotismo é o último refúgio do canalha”.
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