Cheia de penas, cheia de penas me deito, e com mais penas, com mais penas me levanto, no meu peito, já me ficou no meu peito, este jeito, o jeito de te querer tanto... Alô, povão, agora é fé! Sem data para o retorno do futebol do Brasil, apontaremos um “irmão europeu” para cada torcida.
E, com ajuda do luso Luiz Carlos Duarte (que, na pátria-mãe, divide a sua paixão entre o Benfica e o Marítimo da sua Ilha da Madeira), iniciamos com o Belenenses como a Portuguesa europeia!
Se o centenário da Portuguesa é em agosto, os azuis de Lisboa completam 101 anos em setembro. O nome vem do bairro de Belém. O estádio do Restelo é um dos mais belos de Portugal, com vista para o Tejo, “assim como o Canindé tem vista para o Tietê”, brinca Duarte.
Até ser rebaixado à segunda divisão portuguesa, na temporada 1982/1983, era considerado o quarto grande de Portugal. Depois caiu mais quatro vezes. Vou me abster de descrever o paralelismo para não cutucar os já suficientemente feridos corações rubro-verdes.
O Belenenses ganhou um Português e três taças do país (em 1989, o técnico era Marinho Peres, um dos maiores zagueiros da história da Portuguesa). Foi o time convidado para inaugurar o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, em 1947.
Em sua história, bateu gigantes, entre eles, Real, Barcelona, Bayern de Munique. Desnecessário relembrar de que a Portuguesa cansou de fazer frente e superar os maiores do Brasil e, seu último título, registre, foi quando dividiu o Paulista-1973 com o Santos de Pelé com ajuda daquela conta de caneta atrás de orelha do juiz Armando Marques na disputa dos pênaltis.
Por falar no Rei, o beque Vicente, o maior jogador da história do Belenenses, é considerado um dos melhores marcadores de Pelé. A Portuguesa, a convite da federação do país europeu, enviou Ivair para fazer parte do time que, em 1967, fez jogo de despedida com a renda revertida para o zagueiro moçambicano, que sofreu um acidente de automóvel e ficou cego de um olho.
Fernando Pessoa: “Para viajar basta existir”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.