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Caneladas do Vitão: Belenenses é a Portuguesa da Europa!

São Paulo

Cheia de penas, cheia de penas me deito, e com mais penas, com mais penas me levanto, no meu peito, já me ficou no meu peito, este jeito, o jeito de te querer tanto... Alô, povão, agora é fé! Sem data para o retorno do futebol do Brasil, apontaremos um “irmão europeu” para cada torcida.

E, com ajuda do luso Luiz Carlos Duarte (que, na pátria-mãe, divide a sua paixão entre o Benfica e o Marítimo da sua Ilha da Madeira), iniciamos com o Belenenses como a Portuguesa europeia!

Se o centenário da Portuguesa é em agosto, os azuis de Lisboa completam 101 anos em setembro. O nome vem do bairro de Belém. O estádio do Restelo é um dos mais belos de Portugal, com vista para o Tejo, “assim como o Canindé tem vista para o Tietê”, brinca Duarte.

Um dos maiores zagueiros da Portuguesa, Marinho fez sucesso em Portugal no comando do Belenenses, em 1989
Um dos maiores zagueiros da Portuguesa, Marinho fez sucesso em Portugal no comando do Belenenses, em 1989 - Sérgio Castro - 9.set.95/Folhapress

Até ser rebaixado à segunda divisão portuguesa, na temporada 1982/1983, era considerado o quarto grande de Portugal. Depois caiu mais quatro vezes. Vou me abster de descrever o paralelismo para não cutucar os já suficientemente feridos corações rubro-verdes.

O Belenenses ganhou um Português e três taças do país (em 1989, o técnico era Marinho Peres, um dos maiores zagueiros da história da Portuguesa). Foi o time convidado para inaugurar o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, em 1947.

Em sua história, bateu gigantes, entre eles, Real, Barcelona, Bayern de Munique. Desnecessário relembrar de que a Portuguesa cansou de fazer frente e superar os maiores do Brasil e, seu último título, registre, foi quando dividiu o Paulista-1973 com o Santos de Pelé com ajuda daquela conta de caneta atrás de orelha do juiz Armando Marques na disputa dos pênaltis.

Por falar no Rei, o beque Vicente, o maior jogador da história do Belenenses, é considerado um dos melhores marcadores de Pelé. A Portuguesa, a convite da federação do país europeu, enviou Ivair para fazer parte do time que, em 1967, fez jogo de despedida com a renda revertida para o zagueiro moçambicano, que sofreu um acidente de automóvel e ficou cego de um olho.

Fernando Pessoa: “Para viajar basta existir”.


Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

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