Meu caro amigo, eu não pretendo provocar, nem atiçar suas saudades, mas acontece que não posso me furtar a lhe contar as novidades... Alô, povão, agora é fé! Como sou jornalista esportivo, detesto polêmica e aprendi na escolinha Caio Ribeiro que pedreiro só fala de cimento, padeiro, de farinha e covarde, do que não contesta o poder, deixemos que os idiotas completos falem de terra plana, de rock satânico-abortista, de criacionismo, de mamadeira de piroca, de kit gay, de arte nacionalista, de AI-5...
Assistamos calados e coniventes a destruição completa do país pela esgotosfera acéfala e falemos só de futebol!
Após abusar do eufemismo, pegar leve e chamar o presidente Jair Bolsonaro apenas de “irresponsável” e se posicionar contrariamente ao retorno do futebol em meio à pandemia do novo coronavírus, Raí está no alvo dos conselheiros do São Paulo. Os (autointitulados) “cardeais” estão pressionando o presidente Leco para a sua demissão!
Ora, se as reclamações fossem motivadas pelo péssimo trabalho do ídolo no departamento do futebol, seria difícil contestar o pedido. Mas pedir a cabeça de um dos maiores ídolos da história são-paulina e protagonista do momento mais vitorioso da história do clube por ele não ser lambe-botas, pipoqueiro, isentão e ter coragem de se posicionar do lado certo da história e, entre outras coisas, defender a saúde dos atletas tricolores é o armagedon!
Da série “o meu conselho é para te ver feliz, bem feliz”, se eu fosse só corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus, diria que o Conselho tricolor é de deixar o alvinegro, o alviverde e o santista sorrindo à toa.
Mas como também sou ser humano e antifascista, lamento a patética posição dos “cardeais” do Morumbi. E me solidarizo e aplaudo, de pé, Raí.
Doutor Sócrates, sem dúvida, está orgulhoso do irmão caçula. E todo mundo que tem vergonha na cara, independentemente do seu clube de coração, também está!
Eduardo Galeano: “São muitos os cidadãos que perdem a opinião por falta de uso”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.