Elevador é quase um templo, exemplo pra minar teu sono, sai desse compromisso, não vai no de serviço, se o social tem dono, não vai... Alô, povão, agora é fé! Por linhas tortas, Garrincha driblou os “Joões”, mas não superou as estatísticas que reservam aos negros _ por multifatoriais questões sociais, estruturais e raciais_ uma expectativa de vida inferior. Muitos “Joões Pedros” e “Migueis”, que, diariamente, à George Floyd, não têm nem a chance que teve Garrincha de entrar em campo, sufocados pelo joelho opressor ora travestido de “balada perdida”, ora de “elevador social”, ora…
Ora, bolas, tem fã à Caio Ribeiro pedindo pra eu falar só de bola. Façamos, pois, uma seleção só de “Joões”, “Miguéis” e “Georges” que puderam chegar lá. Chegariam se não fossem negros? Eis o mistério da fé… Ah, dependendo da fé, porque se for de matriz africana é capaz de ser vítima de ataque fanático.
1) João Leite: goleiro do Galo faz carreira política.
2) João Pedro: foi da base palmeirense para o Porto, evitando ser atingido, por engano, por policias, antes de aparecer no Bahia.
3) Miguel Alcântara: torcida tricolor nem viu, produto exportado de Cotia para o Ascoli.
4) João Carlos: segunda academia alviverde.
6) João Lucas: do Ceará ao Cruzeiro.
5) Miguel Veloso: português com Copas e Euros no currículo.
8) João Félix: o português é destaque do Atlético de Madrid.
10) Carlos Miguel: destacou-se no Grêmio e São Paulo.
7) George Best: o “quinto beatle” irlandês, lenda do Manchester United, perdeu para a cirrose, não para o joelho racista. Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres bonitas e carros velozes. O resto, desperdicei".
9) João Pinto: o português teria a mesma chance se fosse imigrante angolano?
11) João Paulo: o carioca “menino da Vila” jogou muita bola por onde passou.
Técnico: João Saldanha: o brilhante jornalista treinou a seleção. Didi, negro, não.
Martin Luther King: “Nossas vidas começam a acabar no dia em que nos calamos sobre as coisas que importam”.
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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