Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: O clube mais brasileiro

Em nome do pai, do filho e do neto, amém, Corinthians!

São Paulo

Deus é Fiel! A caminhada para o primeiro título brasileiro do clube mais brasileiro começou no 2 a 1 sobre o Palmeiras, então dirigido por Telê Santana, em 9 do 9 de 90. Dar a outra face e perdoar é divino. Mas destruir, brilhar e decidir após ser desprezado e trocado pelo maior rival e mandar um "chupa" em forma de gol de falta no dia do seu 24º aniversário é José Ferreira Neto.

Clube mais brasileiro é rei em sua aldeia. E estava escrito que o campeão dos campeões paulistas iniciaria a sua era nacional com o camisa I corinthiano, apostólico, romano Ronaldo, nascido e criado na zona leste.

Cláudio Oliveira

O espírito do clube mais brasileiro tem lugar para o caipira que veio brilhar em silêncio na cidade. Vale para o saudoso Giba, para o raçudo Guinei.

Clube mais brasileiro é centro, é suburbano, é tudo junto e misturado, com o tempero imigrante, armênio e miscigenado de Marcelo Kiremitdjian.

Clube mais brasileiro tem nome de brasileiro. De povo. Jacenir é nome de gente como a gente, que se doa pelo todo e que, às vezes, não tem seu trabalho reconhecido pela gente.

Clube mais brasileiro, com baixo orçamento, tem vaga para o operário Márcio bater uma laje (e bateeeeer com vontade), suar por vários trabalhadores, dar o sangue, sair com a roupa suja e preparar o terreno para a assinatura final do engenheiro Nelsinho Baptista.

Clube mais brasileiro, Wilson Mano do céu, é igual bebê. Até gol com "cara de joelho" é coisa linda, Mano.

Clube mais brasileiro é gigante até no diminutivo. É próximo da gente como Fabinho corria próximo do alambrado. Está na história, no pôster, imortalizado.

Clube mais brasileiro é preto, é branco, é doce, é salgado, é salmoura... É Mauro, corta um dobrado e joga, se desdobra nas 11.

Clube mais brasileiro desde a fundação, sob a luz do lampião, é iluminado pelo eterno talismã Tupãzinho. O freguês São Paulo, na final também dirigido por Telê, tem razão em aplaudir.

Obrigado, Neto e grande elenco, pelo eterno 16 de dezembro de 1990! E a homenagem fica por aí! Registrar o primogênito de Basílio foi tranquilo. Agora, se o maloca ganhar um irmão, a patroa vetou Viriato Olímpio Guedes Neto. E, com todo respeito ao sogro, Alderico Jefferson da Silva Sobrinho Neto é dose, mano. A gente mete um louco, mas com parcimônia!

*

Samuel Johnson: "O amor é a sabedoria dos loucos e a loucura dos sábios".

Vitor Guedes
Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.