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Mundo Olímpico: Em Paris, Olimpíada encolherá e igualará número de homens e mulheres

Medida é para diminuir o altíssimo custo do evento e torná-lo mais igualitário

São Paulo

Disputar uma edição de Jogos Olímpicos é o suprassumo da carreira de um atleta. Por isso, em todo ciclo olímpico, várias modalidades se inscrevem para tentarem uma vaga na disputa. Poucas são as que conseguem, mas desde a primeira edição dos Jogos da era Moderna, em Atenas-1896, o número de competidores só tem aumentado, chegando ao recorde de 11.990 atletas em Pequim-2008.

Conforme o número de atletas foi aumentando, toda a infraestrutura necessária na cidade-sede teve de crescer na proporção, o que levou os Jogos a se tornarem uma dor de cabeça para os comitês organizadores, uma vez que os gastos facilmente superam as dezenas de bilhões de reais.

Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach anunciou as novidades para os Jogos de Paris-2022 na última segunda-feira (7)
Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach anunciou as novidades para os Jogos de Paris-2022 na última segunda-feira (7) - Greg Martin - 7.dez.20/IOC/AFP

A Rio-2016, por exemplo, teve um custo estimado de R$ 29,6 bilhões. E, todos sabem, onde tem muito dinheiro, os abutres da corrupção estão sempre por perto, o que torna o processo ainda mais oneroso.

Para evitar que os gastos continuem aumentando até chegar a um ponto insustentável, o COI (Comitê Olímpico Internacional) iniciou um processo de redução dos Jogos. Nesta segunda-feira (7), o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach, anunciou algumas novidades para a Olimpíada de Paris, em 2022.

A edição de Tóquio, que foi adiada deste ano para julho e agosto de 2021, já tem número definido de 11.091 atletas, mas a organização vai diminuir o orçamento, devido à Covid-19.
Em Paris, os Jogos deverão ter “apenas” 10,5 mil atletas, além de dez modalidades a menos que Tóquio (38 a 28), o que vai diminuir bem os custos gerais.

Outra boa novidade do evento na capital francesa é que, pela primeira vez na história, haverá exatamente o mesmo número de atletas homens e mulheres. No Japão, essa proporção vai ser de 48,8% de eventos femininos para 51,2% de masculinos. Na Rio-16, a relação foi de 45,29% para 54,71%.

Para tornar essa equidade possível, o COI vai tirar algumas categorias exclusivamente masculinas, como no boxe e na vela, e criar outras femininas ou mistas.

Mais do que a igualdade de gêneros, essa novidade faz justiça às atletas mulheres, que sempre demonstraram alta competitividade, qualquer que seja a modalidade em disputa.

Claudinei Queiroz
Claudinei Queiroz

48 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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